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Prefeitura de Fortaleza afirma que recursos para o Hospital do PV tiveram uso correto

A gestão aponta que tem colaborado de forma "integral" com todas as ações de fiscalização dos órgãos de controle externo
14:49 | Nov. 03, 2020
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Após o início da Operação da Polícia Federal que apura suposto desvio de recursos públicos destinados ao combate do coronavírus em Fortaleza, a Prefeitura de Fortaleza lançou nota oficial em que afirma que os valores foram usados corretamente e, ao fim da investigação, ficará comprovado o fato. "Temos convicção que ao final dessa ação fiscalizatória, ficará comprovado o correto e austero uso dos recursos públicos para proteger e salvar vidas durante a pandemia", traz a nota.

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Além disso, a gestão aponta que tem colaborado de forma "integral" com todas as ações de fiscalização dos órgãos de controle externo e tem atuado com transparência e eficiência no processo de gestão na construção e funcionamento do Hospital de Campanha no Estádio Presidente Vargas.

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Ainda de acordo com a Prefeitura, o equipamento, de responsabilidade municipal, atendeu 1.239 pacientes, salvando 1.025 vidas, em quatro meses de operação, e que já havia disponibilizado ao público um site para prestação de contas do contrato referente à unidade. "Prefeitura de Fortaleza sempre foi destaque no reconhecimento às práticas de responsabilidade fiscal, tendo instalado desde o início da pandemia, no âmbito da administração municipal, um Comitê de Controle, Transparência e Governança que trabalhou, permanentemente, em sintonia com o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado e a própria CGU", completa a nota.

Eleição 2020

Em resposta a questionamentos do O POVO, assessoria de comunicação da Prefeitura encaminhou um arquivo em que constaria a emissão do bloqueio de bens dos suspeitos. O documento é assinado por Gustavo Henrique Teixeira de Oliveira, juiz federal substituto da 28ª Vara Federal respondendo pela 12ª Vara Federal, e foi despachado no dia 9 de outubro de 2020. Segundo a assessoria, os agentes deixaram para realizar a operação na véspera da eleição.

Operação Cartão Vermelho

A Polícia Federal apontou indícios de suposta atuação criminosa de servidores públicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, além da participação de gestores e integrantes da comissão de acompanhamento e avaliação do contrato de gestão. Dirigentes de organização social paulista contratada para gestão do hospital de campanha e empresários também são alvos.

A operação partiu de um Inquérito Policial instaurado em junho de 2020 para apurar crimes de corrupção, desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação no contexto do enfrentamento à Covid-19 na Capital.

Fazia parte do esquema, segundo o inquérito, a suposta compra superfaturada de aparelhos, como monitores paramédicos. De acordo com a Polícia Federal, os valores gastos durante a pandemia com esse tipo de material em Fortaleza foi muito mais elevado em comparação com outros estados do Nordeste, como Piauí e Paraíba. Os investigados também teriam comprado mais aparelhos que o comportado pela quantidade de leitos do hospital.

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