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Parque do Cocó, agora, tem um Plano de Manejo

Redação final do Plano de Manejo do Parque do Cocó é aprovada, texto segue agora para revisão e publicação. Documento definiu o zoneamento e o uso das área de 1.571,29 hectares da floresta cearense
22:16 | Nov. 03, 2020
Autor Demitri Túlio
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Demitri Túlio Repórter investigativo
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Tipo Notícia

Três anos e três meses depois de ser criado (7/6/2017), o Parque Estadual do Cocó tem, agora, um Plano de Manejo (PM). A Arcadis Design & Consultancy Brasil, empresa contratada para coordenar a elaboração do “plano diretor” da unidade de conservação (UC), apresentou nesta terça-feira o documento. Ao final da oficina virtual, o secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno, aprovou o conjunto de normas técnicas que estabelecem o zoneamento, o uso e a conservação dos recursos naturais existentes nos 1.571,29 hectares da UC.

A partir de agora, qualquer decisão tomada no território do Parque do Cocó terá de ser referendada pelo que está escrito no primeiro PM da unidade de conservação. O documento define, por exemplo, o que pode ou não ser construído na poligonal do equipamento ecológico. Depois de dez meses de oficinas participativas e de estudo de campo, a redação do PM seguirá para a aprovação burocrática na Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema) e publicação, via portaria, no Diário Oficial do Estado.

De acordo Bruna Bianca Pasquini, coordenadora de projetos da Arcadis Brasil, as partes que compõem o plano de manejo - diagnóstico, zoneamento e programas de gestão - já receberam o primeiro aprove da Sema. Por isso, a razão de ser da oficina realizada, ontem, com pelo menos 51 representantes da sociedade civil e entes públicos de Pacatuba, Maracanaú, Itaitinga e Fortaleza. Municípios onde o Parque está inserido ou por onde o rio Cocó se estende.

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“Vamos entregar o plano de manejo consolidado para a Sema na semana que vem. O secretário faz mais uma avaliação e, se for preciso, faremos os últimos ajustes. Depois, será disponibilizado para todos os interessados consultarem eletronicamente”, explica Bruna Pasquini.

A executiva da Arcadis Brasil explica ainda que, para além do diagnóstico, zoneamento e programas de gestão também será inserido um capítulo mostrando as “etapas da elaboração do plano de manejo e de processo participativo”.

Uma prestação de conta e um reconhecimento aos segmentos da sociedade cearense que participaram das oficinas e responderam os formulários para contribuir com o documento. As oficinas iniciais do Plano de Manejo do PEC e também do Pacto pelo Cocó começaram em janeiro deste ano, no formato presencial. E a partir de maio, por causa da pandemia da Covid-19 e o isolamento social, passaram a ser virtuais.

Para Paulo César Lyra, gerente do Parque Estadual do Cocó, “o mais importante da primeira ‘Constituição do Floresta do Cocó’ foi ter definido o zoneamento. Estão claras as zonas de infraestrutura, de uso moderado, de uso divergente, de preservação e das comunidades tradicionais, por exemplo. Ficou mais transparente para a gestão tocar ações com respaldo no documento que foi amplamente debatido”, afirma.

Paulo Lyra observa que a implementação de várias normas no Parque continuarão sendo dialogadas com parceiros e ONGs. Porém, auxiliadas pelo que foi define o primeiro plano de manejo do Cocó.

Hoje, 4/11, a partir das 9 horas, a Arcadis Brasil realiza outra oficina. Desta vez, para apresentar as considerações finais sobre o Pacto pelo Cocó. Um documento que propõe uma ação conjunta entre as prefeituras de Pacatuba, Maracanaú, Itaitinga e Fortaleza para recuperação e preservação do rio Cocó. Quem quiser acompanhar pode acessar a reunião virtual pelo https://bluejeans.com/8165283430.

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