Clientes alegam dificuldades para receber encomendas via Correios, que faz mutirão
Greve parcial e retorno sob muitas demandas, além dos desafios impostos pela pandemia, podem impactar serviços, diz empresaClientes reclamam de atraso para o recebimento de encomendas via Correios. O problema já dura pelo menos dois meses, período que compreende a paralisação parcial de 35 dias e o retorno da greve há cerca de um mês. Conforme a empresa, a situação ainda pode ser agravada pela redução da força de trabalho devido à pandemia do novo coronavírus, que motivou redirecionamento de funcionários classificados como grupo de risco para o trabalho remoto.
“Os Correios lamentam eventuais transtornos e ressaltam que o serviço de entrega está sendo realizado integralmente, assim como as demais atividades da empresa. (..) Em razão do acúmulo de objetos, a estatal tem adotado medidas visando à normalização de suas operações – o mais breve possível -, o que inclui contratação de mão de obra temporária e a realização de mutirões aos fins de semana”, diz nota enviada pela instituição. Conforme afirma, situações específicas, quando reportadas à empresa por meio dos canais oficiais de relacionamento, são prontamente averiguadas e solucionadas.
No entanto, as ferramentas não foram suficientes para a cantora Angel, moradora da Barra do Ceará, identificar o paradeiro da segunda via do cartão de crédito, solicitada em julho último. “O banco me ligou dizendo que iam enviar outro cartão. Falaram que eu ia receber até o começo de novembro”. Conforme a artista, a encomenda aparecia como extraviada.
“Me prejudicou (o não recebimento do material) porque nem tudo o que a gente vai comprar é virtual. Tem coisas online, mas eu não consigo utilizar o meu saldo para fazer compra física”, reclama. Angel ainda pontua que há muito não vê a passagem de carteiro na região onde mora.
Além de enfrentar problemas particulares similares aos de Angel, o diretor da Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Nordeste (AABNB), Miguel Nóbrega, lamenta que poucos exemplares dos 6 mil jornais da entidades enviados via estatal tenham chegado aos associados nos últimos 30 dias.
“A gente não sabe o que está sendo feito das correspondências e documentos que chegam nos Correios. O que foi feito com o material represado durante a greve? Qual o encaminhamento desse material?”, questiona Nóbrega. As perguntas foram feitas aos Correios, mas não foram respondidas.
“Isso prejudica nossa comunicação. A gente paga selagem. Os correios recebem os recursos da devida remessa, mas isso não está sendo executado. Já tentei contato, mas não consegui acessar os meios de comunicação, é uma situação difícil”, lamenta o diretor da AABNB.
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