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590 mil pessoas vivenciaram fome no Ceará em 2017-2018; 46,9% das famílias estava em situação de insegurança alimentar

A privação alimentar severa esteve presente em 6,2% dos lares cearenses, conforme a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018

Pelo menos 6,2% dos lares cearenses passaram por situação de fome, atingindo 590 mil pessoas, segundo a “Análise da segurança alimentar no Brasil” da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018. Ao todo, 46,9% dos domicílios do Ceará registraram algum grau de insegurança alimentar, caracterizada pela incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro ou até redução de refeições entre todos os moradores, incluindo as crianças.

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O módulo que investiga a segurança alimentar no País foi publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 17. À época da pesquisa, 4,55 milhões de moradores do Ceará vivenciam algum grau de insegurança alimentar, seja leve (2,68 milhões), moderado (1,28 milhão) ou grave (590 mil).

Em contrapartida, o percentual de domicílios no Ceará em situação de segurança alimentar chegou a 53,1%, sendo o terceiro melhor índice do Nordeste.

A pesquisa estimou um total de 2,83 milhões de famílias no Estado, das quais 1,5 milhão estavam com acesso à alimentação adequada. Ou seja, mais da metade dos lares cearenses tinham acesso ideal à alimentação, regularmente e em qualidade e quantidade apropriadas.

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No contexto regional, o Estado detém um dos três menores índices de famílias que relataram privação alimentar grave. Além do Ceará, Piauí (6,1%) e Sergipe (5,4%) possuem percentuais inferiores desse indicador. Maranhão é o que lidera o ranking negativo, com 12,3% de domicílios em situação de insegurança alimentar grave.

Alagoas (7,7%), Rio Grande do Norte (7,6%) e Pernambuco (6,8%) vêm logo a seguir. Completando a lista dos estados nordestinos, estão Bahia (6,3%) e Paraíba (6,3%), com percentuais similares.

Graus de insegurança alimentar

De acordo com as classificações estabelecidas pelo IBGE, a insegurança leve corresponde a preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro e a qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias para não comprometer a quantidade de alimentos em uma família.

Por sua vez, o grau moderado de insegurança indica redução quantitativa de alimentos entre os adultos ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.

Já a insegurança alimentar grave refere-se à redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.

 

Sobre a pesquisa

As Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) do IBGE combinam um período de coleta de 12 meses com períodos de referência de até 12 meses, adotado para alguns itens de despesa e para os rendimentos.

Desse modo, as informações se distribuem em um período total de 24 meses. A data de referência fixada para a compilação, análise e apresentação dos resultados da POF 2017-2018 foi 15 de janeiro de 2018.



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