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PF cumpre 22 mandados de prisão no Ceará contra facção criminosa por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Operação Caixa Forte foi realizada em todo território nacional
07:58 | Ago. 31, 2020
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia

A Polícia Federal (PF) deflagrou 13 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão, na manhã desta segunda-feira, 31, contra facção criminosa por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Fortaleza. Ação coordenada pela PF teve apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO). A primeira fase da Operação Caixa Forte foi realizada em todo território nacional, por onde se estende a atuação do grupo criminoso.

Ao todo, foram cumpridos 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal. Conforme a PRF, 210 integrantes do alto escalão da facção foram identificados. Recolhidos em presídios federais, eles recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevância na organização. Criminosos que faziam missões determinadas pela chefia da facção, como execuções de servidores públicos, também foram identificados.

Aproximadamente 1.100 policiais federais cumpriram 623 ordens judiciais expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG. A Justiça também bloqueou R$ 252 milhões. Em Fortaleza, 60 policiais federais participaram da operação com apoio de oito policiais militares.

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Nesta primeira fase da investigação, foram identificados os responsáveis pelo "Setor do Progresso" da facção, como é chamado o segmento que se dedica à lavagem de dinheiro do tráfico. As investigações "revelaram que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do "Setor da Ajuda", aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios", diz a PF em nota.

Os integrantes do grupo criminoso indicavam contas de pessoas que não pertenciam à facção para que o dinheiro vindo do crime fosse depositado. Dessa forma, os valores supostamente ficavam ocultos e fora do alcance do sistema de justiça criminal. Na operação, a PF desarticula o grupo por meio da descapitalização- quando o dinheiro é bloqueado. A abordagem patrimonial e a prisão de lideranças estão entre as diretrizes da PF para lidar com organizações criminosas.

Ainda segundo o órgão, os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 28 anos de prisão.

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