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Saiba a diferença entre ciclofaixa, ciclovia, ciclorrota e espaço compartilhado

Atualmente, Fortaleza conta com mais de 300 quilômetros de malha cicloviária, sendo 185 km de ciclofaixa, 111 km de ciclovia e 10 km de ciclorrota

Quem frequenta as ruas de Fortaleza convive, cada vez mais, com ciclistas. Dados preliminares divulgados pela Prefeitura mostraram que, desde 2016, os deslocamentos na Capital por meio do modal cresceram 70%. O que causa confusão, até mesmo para aqueles que trafegam com o modal pela Cidade, são as diferenças entre ciclofaixas, ciclovias, ciclorrotas e, ainda, espaço compartilhado. As diferenças não são meros detalhes técnicos e podem influenciar na segurança do ciclista na via.

Veja as diferenças entre cada um

Ciclovia: espaço na via totalmente segregado fisicamente para uso exclusivo de ciclistas. Pode ser tanto uni como bidirecional, sendo esse último mais comum na Cidade. É recomendada em avenidas com grande fluxo de carros, que possam gerar mais riscos a quem está de bicicleta. Exemplos: avenidas Washington Soares, Bezerra de Menezes e Alberto Craveiro.

Ciclofaixa: Faixas para tráfego de ciclistas indicadas por aplicação de pintura e por colocação de dispositivos delimitadores, com o objetivo de separá-las do uso de veículos automotores. As ciclofaixas também podem ser uni ou bidirecionais. É usada quando o trânsito é mais lento e calmo.

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De acordo com Gustavo Pinheiro, engenheiro da Prefeitura, a gestão também está fazendo “ciclofaixas protegidas”, onde são colocados materiais, como jardineiras, para separar o ciclista dos carros. Exemplos: ruas Ana Bilhar e João Brígido; avenidas Leste Oeste e Duque de Caxias.

Ciclorrota: caminhos, com ou sem sinalização, que representam uma rota recomendada para o ciclista, com o trajeto sem qualquer segregação ou sinalização contínua, sendo um espaço compartilhado com os veículos automotores. Deve ser implantada em vias de baixa velocidade e sinalizada para os ciclistas e motoristas. O ciclista deve andar no meio da pista, garantindo a visibilidade e proporcionando maior segurança. Exemplos: ruas General Bernardo Figueiredo, Miguel Gonçalves, Padre Miguelino e Coronel Fabriciano.

Espaço compartilhado: São áreas utilizadas por ciclistas nas calçadas ou pistas de rolamento, podendo ser compartilhadas com pedestres, no primeiro caso, ou com veículos, no segundo. Se utilizados nas calçadas, estes espaços deverão ser sinalizados de forma clara, indicando ao ciclista que a prioridade é do pedestre e, a este, alertando sobre a presença de ciclistas. Exemplos: passarelas da Aerolândia.

Fonte: Plano Diretor Cicloviário Integrado (PCDI), Revista Bicicleta e Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza (Ciclovida)

Atualmente, Fortaleza conta com um total de 307,5 km de rede cicloviária na Cidade, sendo 185,8 km de ciclofaixas, 111,1 km de ciclovias, 10,4 km de ciclorrotas e 0,2 km de passeio compartilhado. Com os efeitos da pandemia, o poder municipal busca investimento para incentivar o transporte cicloviário e a financiar a construção de 150 quilômetros de malha cicloviária.

Veja o mapa com toda a malha cicloviária de Fortaleza

Gustavo Pinheiro disse que a predominância de ciclofaixas na Cidade acontece pelo custo econômico reduzido e pela menor complexidade da obra em relação a ciclovias, que causam mais transtornos no trânsito. Ele garantiu, no entanto, que o poder municipal instala ciclovias quando verifica um maior risco do trânsito para o ciclista. Para isso, os especialistas levam em conta fatores como velocidade da via, número de veículos e tráfego de veículos pesados. Orientações do PCDI também orientam as implantações.

A última adição feita à rede cicloviária está acontecendo nesta semana, quando mais 7,1 km de infraestruturas cicloviárias estão sendo implantadas em bairros das Regionais IV e VI, como Montese, Vila União e Sapiranga. Os próximos bairros a serem contemplados com novas infraestruturas cicloviárias serão Vila Velha, São João do Tauape e Vila Peri. Serão implantadas novas ciclofaixas na Avenida Washington Luiz e nas ruas Paulo Firmeza, Monsenhor Salazar e Dom Henrique.

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