Explosão que derrubou casa em Fortaleza e deixou três mortos completa 14 anos

Sobrevivente relembra desabamento que completa 14 anos; explosão deixou três mortos e quase 10 feridos de uma mesma família em Fortaleza

Uma explosão causada por um botijão de gás destruiu a casa que abrigava 20 pessoas de uma mesma família, no dia 19 de maio 2006, na  rua 3 do Conjunto Tupinambá, no bairro Autran Nunes, em Fortaleza. Três pessoas morreram e mais de 10 saíram feridas, entre elas, Matheus Terto, sobrevivente do desabamento que completa 14 anos.

Em 2006, Matheus tinha 11 anos de idade. "Não morreu mais gente pois a maioria estava trabalhando", lembrou o menino ficou preso entre duas paredes, mas conseguiu sair dos escombros sozinho.

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O desabamento deixou resquícios nunca esquecidos por ele, que perdeu os avós e o tio. Na época, Matheus lembra que acordou e escutou um barulho estanho. O som era da mangueira se soltando do botijão e relatos dão conta que todos escutaram o ruído.

Ele conta que a avó chegou a sair de casa, mas voltou para pegar uma vela de sétimo dia que havia deixado no altar dos santos. "Voltou porque lembrou de uma vela de sétimo dia que tinha acesa no altar dela. Ela era muito católica. Foi nesse momento que tudo explodiu", relembra.

Mateus conta que o avô, o tio e a tia foram encaminhados ao hospital. A tia teve 70% do corpo queimado e passou oito meses no Instituto Doutor José Frota (IJF). O avô, seu José Terto, morreu 10 dias depois. A irmã teve queimaduras na perna.

A família ficou desolada depois do tragédia. A casa ficou destruída e os pais de Mateus foram morar de aluguel no mesmo bairro. Ele diz que evita passar na rua.

A vida seguiu, mas nos últimos meses, prestes a completar 14 anos do caso, Matheus buscou imagens dos escombros e procurou a reportagem para ter acesso a notícia que relatava a tragédia. Atualmente trabalhando como policial militar, Matheus, que hoje tem 25 anos, relata que chorou ao ter acesso ao noticiário daquele dia e que pensou em tudo o que houve e na vida de agora, o que há para viver. Matheus é um sobrevivente (Colaborou Fred Souza).

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