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Após interdição por conta das obras do metrô, moradores do Moura Brasil não têm previsão de retorno às suas casas

Conforme a Seinfra, a proposta de recebimento de verba para pagamento de aluguéis de casas na região está sendo apresentada aos moradores de 21 casas interditadas
15:47 | Fev. 04, 2020
Autor Matheus Facundo
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Matheus Facundo Repórter do portal O POVO Online
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Tipo Notícia

Moradores do bairro Moura Brasil afetados pelas obras da Linha Leste do metrô reclamam de descaso acerca da situação de suas residências, que foram interditadas na madrugada da última sexta-feira, 31, pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) e pela Defesa Civil. 21 casas precisaram ser desocupadas em caráter emergencial devido a instabilidades no terreno e risco de desabamento. Reportagem da rádio O POVO CBN esteve na rua Adarias Lima, uma das regiões mais afetadas, e conversou com a população, que cobra respostas do Poder Público e de líderes comunitários.

A reportagem apurou que a estadia em pousadas, uma das opções oferecidas à comunidade, é por tempo indeterminado, segundo os estabelecimentos informaram a alguns moradores. Conforme a Seinfra, a proposta de recebimento de verba para pagamento de aluguéis de casas na região já foi apresentada aos moradores. A Pasta informou que não pode dar previsão de quando os reparos nas residências serão terminados.

"Enquanto procuram imóveis para alugar, as famílias removidas continuarão em hotéis, pousadas ou casas de parentes, recebendo a devida assistência das equipes da Seinfra e do consórcio responsável pela obra da Linha Leste. Elas serão assistidas até que a situação seja resolvida e todos possam voltar para casa, com segurança", diz a nota. O terreno onde as casas estão localizadas se mantém "estável". Técnicos da Seinfra analisam diariamente a situação e também mantém contato direto com as famílias, segundo a pasta. 

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A incerteza de um dia voltar a ter um teto para morar e até comércio para o sustento acompanham o aposentado Mauro Ferreira. A casa dele foi uma das interditadas. "Eu moro há muito tempo aqui e não quero sair, a não ser que seja possível uma indenização. Onde eles me colocaram eu estou sobrevivendo, mas não estou satisfeito. Minhas coisas estão todas dentro de casa e eu tinha meu comércio, era minha sobrevivência, não sei como vai ficar", relata.

Casas foram desocupadas em caráter emergencial na sexta-feira, 31
Casas foram desocupadas em caráter emergencial na sexta-feira, 31 (Foto: Nathally Kimberly/Especial para O POVO)

Ele conta que foi acordado abruptamente pelos técnicos por volta de 4 horas de sexta-feira: "Me acordaram pedindo urgência pra desocupar. Como a gente desocupa sem saber para onde ir?". Chovia forte em Fortaleza no momento. Segundo a Seinfra, no momento da interdição, as famílias removidas foram encaminhadas a pousadas, hotéis e casas de parentes, "recebendo a devida assistência".

A necessidade de retirada das pessoas de suas casas foi verificada pela Seinfra pelo contexto das obras da Linha Leste do Metrô. Durante monitoramentos no entorno das intervenções do canteiro, o consórcio que executa as obras verificou, por meio de sensores, instabilidades no terreno.

Com informações da repórter Nathally Kimberly

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