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Calçadão para comércio e turismo será implementado na Desembargador Moreira

O objetivo da obras, que teve a ordem de serviço assinada nessa quinta, é valorizar o comércio da área e criar nova rota do aeroporto para o setor hoteleiro de Fortaleza
14:31 | Jan. 09, 2020
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Matéria atualizada em 14/01/2020

O prefeito Roberto Cláudio assinou hoje, 9, ordem de serviço para iniciar as obras de requalificação viária da avenida Desembargador Moreira. As intervenções correspondem ao trecho entre as avenidas Pontes Vieira e Abolição. Foram anunciadas intervenções em drenagem, implementação de fiação elétrica subterrânea, novo calçadão e 130 novas estações do Bicicletar em toda Fortaleza. 

Com orçamento de R$ 11,2 milhões, a obra tem previsão de 12 meses para ser concluída. No entanto, o trecho 3, considerado o mais importante pela Prefeitura, está previsto para ser finalizado em oito meses.

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A secretária de Infraestrutura, Manuela Nogueira, explica que a requalificação acontece em três trechos. O 1º, da Padre Antônio Tomás até a Pontes Vieira, já foi iniciado. O 2º, da Padre Antônio Tomás até a Dom Luís, onde o asfalto será substituído por pavimento intertravado e as calçadas serão ajustadas. E o 3º, da Dom Luís à Abolição.

No trecho 3, a Prefeitura planeja fazer um boulevard, com a ampliação do calçada, e ligar a Dom Luís à Beira Mar. O sentido Abolição-DomLuís (subindo da praia) será eliminado, já que, segundo a Prefeitura, o sentido viário contrário corresponde a mais da metade do tráfego na avenida.

As ruas Osvaldo Cruz e Barbosa de Freitas seguirão sentido Abolição-Dom Luís
As ruas Osvaldo Cruz e Barbosa de Freitas seguirão sentido Abolição-Dom Luís (Foto: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza)

Obras de drenagem

O calçadão da Praça Portugal até Abolição deverá ter fiação subterrânea, e os dois trechos da obra terão drenagem. A titular da Seinf afirma que, a partir do Programa de Infraestrutura em Educação e Saneamento de Fortaleza (Proinfra), cerca de 222 obras de drenagem estão sendo executadas, 10 delas em avenidas.

“Já tem projeto para liberar obra de drenagem para a Heráclito Graça. É uma infraestrutura que demanda muito recurso e durante a obra dá muito transtorno”, informa Manuela.

O principal objetivo dos reparos é valorizar o comércio local e conectar o aeroporto ao setor hoteleiro de Fortaleza. O secretário da Regional II, Ferrúcio Feitosa, explica que comerciantes e moradores do trecho foram consultados em duas audiências públicas e reuniões para decisão do projeto a ser aplicado. Comerciantes preferiram a ampliação do calçadão no lado Leste, para valorizar as lojas.

Nova ciclofaixa e mais 130 estações de Bicicletar

O secretário de Conservação e Serviços Públicos, João Pupo, afirma que a ideia é fazer uma cidade “convidativa” para pedestres e ciclistas, além dos carros. Para isso, uma nova ciclofaixa será implantada na Desembargador Moreira, auxiliando Fortaleza a chegar em quase 300 quilômetros de ciclovia na malha viária.

O secretário aproveitou para informar que 130 novas estações do Bicicletar serão instaladas até junho em toda Capital. O projeto deve abranger bairros da Regional I e de Messejana.

Confira vídeo que apresenta a maquete eletrônica da avenida Desembargador Moreira após reforma:

Comerciantes da região ainda têm dúvidas sobre o projeto

Sem saber ao certo como as obras da avenida Desembargador Moreira irão afetar o cotidiano, alguns comerciantes temem que as mudanças diminuam o fluxo na região. É o caso da gerente de um comércio conhecido no local, que preferiu não se identificar. Ao O POVO, ela contou que a Prefeitura organizou reuniões com proprietários de estabelecimentos, mas as informações ainda não chegaram para todos os funcionários.

A preocupação da gerente é também em relação à estrutura viária, como o fluxo de ônibus e localização das paradas. Moradora do bairro Conjunto Ceará, ela disse que gostaria de uma parada mais próxima ao local de trabalho, já que precisa chegar cedo e às vezes trabalhar nos fins de semana e feriados. "Quem pega ônibus é quem sabe", desabafa.

Outro comerciante do local, Reginaldo Peixoto, trabalha há oito anos em uma lanchonete na avenida. Ao saber das obras, ele temeu que seu ponto comercial fosse prejudicado. À princípio, Reginaldo não gostou do projeto, pois pensava que os ônibus não passariam mais na avenida, o que dificultaria a chegada de seus clientes que utilizam o transporte. "Depois fiquei sabendo que se reuniram lá e acharam melhor "cortar" só o lado dos ônibus que estão subindo", disse.

Hoje, a ideia até agrada Reginaldo, que não conseguiu aparecer nas reuniões, mas gostaria de conhecer mais o projeto. "Gostaria que alguém da Prefeitura passasse explicando em cada estabelecimento essa obra", pede. Ainda assim, a esperança é que as implementações possam favorecer seu comércio, que vem enfrentando dificuldades há quatro anos. "Caiu muito. Umas lojas ali para trás fecharam. O poder aquisitivo do povo caiu", lamenta.

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