Operação de emergência limpa sete praias cearenses neste fim de semana

Equipes da Semace se dividem nas praias Cofeco, Porto das Dunas, Canoa Quebrada, Pontal de Maceió, Tabubinha, Baleia e Taíba

13:22 | Set. 28, 2019

Força-tarefa recolhe resíduos de petróleo cru na praia da Cofeco, na região da Sabiaguaba (foto: Mauri Melo)

Um mutirão de 55 pessoas, entre técnicos e colaboradores da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), tenta, neste fim de semana, 28 e 29, limpar as sete praias cearenses oficialmente afetadas pelo petróleo cru que foi derramado no oceano Atlântico e que contaminou parte do litoral do Nordeste brasileiro. “Os impactos (ambientais) ainda estão sendo analisados, mas são gravíssimos”, alertou o titular da Semace, Carlos Alberto Mendes.

Na manhã deste sábado, 28, equipes da Semace se dividiram nas praias da Cofeco (Sabiaguaba), do Porto das Dunas (Aquiraz), de Canoa Quebrada (Aracati) e de Pontal de Maceió (Fortim). Neste domingo, de acordo com o órgão, o trabalho de limpeza do “piche” deve continuar em Tabubinha (Beberibe), Baleia (Itapipoca) e Taíba (Paraipaba). “A gente aconselha que o cidadão comum não tente fazer porque o material (poluente) é perigoso e (a retirada) precisa de equipamentos específicos”, afirmou o superintendente.

Barraqueiro na Cofeco, Francisco Pereira Teixeira, 66, o “Picolé”, disse que desde que viu pela primeira vez as manchas de óleo na orla da praia tem feito constantes limpezas por conta própria. “Todo dia a maré trazia. A gente limpava e ela trazia de novo”, narrou. Os resíduos, segundo ele, estavam sendo descartados no lixo comum e coletados pelo serviço municipal.

Ao longo da última semana, quando os registros oficiais de óleo nas praias nordestinas começaram a ser feitos, foram coletadas amostras de água e solo que devem ser analisadas tanto pela Semace como pelo Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) e finalizadas na próxima semana. Além disso, foi feito um sobrevoo pelo litoral para avaliar a possibilidade de mais poluente se aproximar da costa. “Não foram identificadas pela equipe mais manchas se aproximando. Pelo menos, por enquanto”, garantiu Carlos Alberto.