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Apenas uma família venezuelana permanece em abrigo da Prefeitura

Demais famílias foram morar em casas alugadas por um voluntário em Caucaia
13:44 | Mai. 28, 2019
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Na última quinta-feira, 23, parte dos imigrantes venezuelanos que chegaram a Fortaleza neste mês foram transferidos para um centro de atendimento a idosos na Barra do Ceará. De acordo com a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), apenas um grupo familiar continua no local. As demais famílias mudaram-se para casas alugadas por um voluntário no município de Caucaia.

“A primeira ação importante e emergencial era conseguir o local para esse grupo, devido às péssimas condições em que se encontravam”, destaca Arnelle Rolim Peixoto, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/CE. Entretanto, a advogada especializada em migração e direitos humanitários acredita que “uma transferência não seria o ideal, porque agora vem uma parte importante do atendimento que envolve documentação e saúde”.

Uma rede de acolhimento formada pela SDHDS em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde; a Defensoria Pública; a Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) e a coordenadoria da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Estado afirma estar agendando reunião para discutir protocolos de atendimento.

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Dados desencontrados

Em reunião com a vice-governadora Izolda Cela na última quarta-feira, 22, a CDH da OAB/CE tinha notícia de serem 40 venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade. Já a Pastoral do Migrante informou para O POVO Online serem 90 imigrantes chegados no dia 16 deste mês.

Na quinta-feira, 23, a coordenadora do Centro-dia que recebeu as famílias, afirmou à rádio O POVO CBN que 38 pessoas haviam sido transferidas para o local. Destas, oito teriam ido a Belém buscar parentes. Nesta terça-feira, 28, a SDHDS informou à reportagem que 26 pessoas teriam sido transferidas e 23 teriam permanecido acolhidas. Ainda de acordo com a Secretaria, atualmente apenas “um grupo familiar” segue no abrigo.

Arnelle Peixoto afirma que “é necessário trabalhar na questão de sondagem para ter uma base de dados quantitativos de todos que estão em Fortaleza”. “Muitos podem chegar e não continuar com o grupo, deslocando-se para outro bairro ou até mesmo para outro município; principalmente, quando aparece promessa de trabalho”.

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