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Investigação sobre clonagem de cartões começou em 2017 após prisão de brasileiros em Las Vegas

Segundo o delegado Madson Tenório, os fraudadores colocavam os próprios nomes nos cartões clonados, sacavam valores em cheques e descontavam nos cassinos
21:28 | Mai. 20, 2019
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A investigação sobre clonagem de cartões por brasileiros nos Estados Unidos começou ainda em 2017, após pessoas serem detidas em Las Vegas. Nesta segunda-feira, 20, a investigação da Polícia Federal (PF) culminou na Operação Las Vegas, que cumpre 12 mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e 14 de bloqueio de contas e indisponibilidade de bens dos envolvidos. Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara Federal no Ceará e estão sendo cumpridos em Fortaleza, Caucaia, Beberibe e na cidade de São Paulo.

Em entrevista à rádio O POVO CBN, o delegado Madson Tenório detalhou o esquema. A PF soube da fraude a partir de requerimento de instalação de inquérito feito pelo Consulado Geral dos Estados Unidos em Recife. "O consulado nos reportou que alguns brasileiros estavam sendo detidos em Las Vegas usando cartões clonados nos cassinos", citou. Isso foi no início de 2017.

"Esse tipo de fraude era cometida por conta da facilidade que eles tinham por não haver necessidade de ter chip nos cartões. Bastava clonar o cartão e passar nos estabelecimentos", comentou o delegado.

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Os fraudadores, detalhou Tenório, colocavam os próprios nomes nos cartões clonados, sacavam valores em cheques e descontavam nos cassinos. Os valores movimentados pelo grupo ainda não foram calculados, mas o prejuízo foi "bastante volumoso", segundo o delegado. "Em relatório da Caixa que nos foi apresentado, o banco informou que, entre 2014 e 2018, que é o mesmo período da investigação, o prejuízo causado por fraudes em cartões foi de US$ 18 milhões".

Os criminosos devem responder pelos crimes de furto qualificado pela fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas variam entre 6 e 21 anos.

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