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Mês de Maria: entenda os Dogmas que expressam a importância da Mãe de Jesus para a igreja

Os Dogmas Marianos são divididos em quatro: a Maternidade Divina, a Virgindade Perpétua de Maria, a Imaculada Conceição de Maria e a Assunção de Maria
09:29 | Mai. 14, 2019
Autor Israel Gomes
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Tipo Notícia

O mês de maio é marcado por celebrações católicas, que manifestam a relevância de Maria na fé cristã. Nesse sentido, os quatro Dogmas Marianos definidos pela Igreja, são princípios fundamentados no papel que a Mãe de Jesus tem no cristianismo.

A termo dogma, de origem grega, é entendido como o ponto fundamental de uma doutrina religiosa e de caráter indiscutível. Átila Amaral, professor de filosofia da universidade Federal do Ceará (UFC), explicou que a expressão "é uma verdade de fé proclamada pelo Magistério da Igreja" e que deve ser objeto de adesão de pelos fiéis.

"Os dogmas referentes ao papel da Virgem Maria na história da salvação são coerentes entre si e expressam a beleza da ação de Deus para resgatar o gênero humano", acrescentou o docente.

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Os Dogmas Marianos são divididos em quatro: a Maternidade Divina, a Virgindade Perpétua de Maria, a Imaculada Conceição de Maria e a Assunção de Maria. Com auxílio do professor Átila Amaral, O POVO Online explica cada um deles.

1. A Maternidade Divina

No III Concílio Ecumênico, que ocorreu em Éfeso no ano de 431, a Igreja proclamou que Maria é a "Mãe de Deus". A doutrina veio para refutar a tese desenvolvida por Nestório, defendendo que Maria assumia o papel de mãe apenas da natureza humana de Cristo e não de sua natureza divina.

Conforme Átila Amaral, desta forma, Nestório nega a humanidade de Jesus. "A definição de Maria como Mãe de Deus é justamente para resguardar a salvação da humanidade", completou o docente.

"A relação da natureza humana de Jesus com a natureza divina Dele não é meramente acidental como pensava Nestório. O dogma da maternidade divina é essencial para a adequada compreensão da missão do Cristo Redentor", ressalta o especialista.

2. A Virgindade Perpétua de Maria

Em 649, no Concílio de Latrão, foi definido o dogma da Virgindade Perpétua. O ensinamento diz que Maria não teve sua virgindade violada antes, durante e depois do parto.

"O Evangelho indica que ‘Maria deu à luz ao seu filho primogênito e o enfaixou e o reclinou em um presépio’ (Lucas 2:7). Esta ação seria incomum para quem acabou de ter um parto normal", disse o professor.

Além disso, ele diz que inexistem nos evangelhos referências a outros filhos da Mãe de Jesus: "Tendo permanecido virgem e sendo mãe de um só Filho, Maria teve condições de fazer de Jesus o centro absoluto da sua vida".

3. A Imaculada Conceição de Maria

O Papa Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição, em 1854, na Bula Pontifícia intitulada de Ineffabilis Deus. Esta doutrina parte do princípio que Maria foi concebida sem a mancha do pecado original.

"A Mãe do Senhor foi preservada do pecado porque é a origem humana do Corpo de Jesus e seria irrazoável supor a possibilidade de Ela transmitir uma natureza decaída ao Senhor", disse Átila.

A tese explica que Maria foi preservada da "mancha original" que fez os primeiros pais, Adão e Eva, pecarem e desobedecerem a Deus. (Gênesis 3, do 1 ao 7).

4. A Assunção de Maria

O Papa Pio XII declarou, em 1950, dogma da Assunção de Maria. Esta doutrina parte do princípio que Maria, ao terminar a sua passagem na terra, foi "elevada por Deus em corpo e alma à glória celeste". Ou seja, neste caso, "não é razoável" presumir que o corpo no qual Jesus Cristo foi gerado tivesse sido corrompido pela natureza.

"Ela acompanhou Jesus da Anunciação ao Calvário e favoreceu com a sua presença a Igreja nascente em Pentecostes. A Mãe do Senhor se apresenta agora como uma mulher que enfrenta os inimigos do Reino de Deus e contribui para gerar o Cristo na vida dos membros da Igreja (Apocalipse 12:1)", conclui o professor.

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