Surfista cearense morta por raio vendia salgados para participar das competições
"Quando eu comecei a acertar as primeiras manobras, eu não consegui mais parar de surfar", disse a surfista em entrevista à Rádio O POVO CBN, em agosto do ano passado
“Quando eu comecei a acertar as primeiras manobras, eu não consegui mais parar de surfar”, disse a campeã atual do Circuito Cearense de Surfe 2018, Luzimara Souza, 26, em entrevista ao quadro Treinos e Corridas, do programa Revista O POVO, da Rádio O POVO CBN, no dia 7 de agosto de 2018. Luzimara foi morta atingida por um raio na manhã desta quarta-feira, 27, na praia da avenida Leste-Oeste, em Fortaleza.
Há 10 dias, a cearense havia ganhado a primeira etapa do Circuito Cearense de Surfe 2019, na modalidade Feminino Open. A competição ocorreu entre os dias 14 e 15 de março, em Paracuru, a 90,8 quilômetros de Fortaleza. Esse foi o primeiro caminho a ser percorrido pela surfista, atual campeã da competição no ano passado.
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Luzimara começou a surfar aos sete anos de idade “num pedaço de tábua”, em frente à sua casa, no bairro Pirambu, como falou em entrevista à jornalista, Maisa Vasconcelos. “Por incrível que pareça, minha casa é em frente à praia, praia do Mero. Eu chorava tanto para a minha mãe comprar um bodyboard. Chorei, chorei que consegui. Ela acabou comprando e isso foi me motivando”.
Sem patrocínio para participar das competições de surfe dentro e fora do Estado, mas determinada a alcançar seus objetivos, Luzimara Souza buscava alternativas com a venda de comidas. “Eu não tinha dinheiro para competir aí tinha que me virar de qualquer forma porque tinha que está ali competindo porque eu gostava daquilo. Eu continuei me esforçando, comecei a vender batatinhas fritas e salgados e me jogar de várias formas para ter dinheiro e competir”.
Na época da entrevista, a surfista estava inscrita na etapa da Praia de Maresias, do Campeonato Brasileiro de Surfe 2018, em São Paulo. A competição foi dia 10 de agosto do ano passado. Luzimara havia ainda recebido um convite para treinar durante três meses no Programa de Hospedagem Surf Club BSG, no Rio de Janeiro. A cearense precisava de R$ 3.000 mil e, para isso, realizou campanha no site Vakinha. Conseguiu apenas R$ 120.
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