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"Sensação de começo de uma vitória", diz mãe de Stefhani após prisão de principal suspeito

Ele foi preso no Pará e chegou a Fortaleza nesta terça
12:26 | Fev. 26, 2019
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Após prisão, nesta segunda-feira, 25, do principal suspeito da morte de Stefhani Brito Cruz, assassinada no primeiro dia de 2018, a mãe da jovem afirmou esperar justiça na resolução do caso. “Sei que não traz ela de volta, ela não está mais aqui com a gente, mas é uma sensação de um começo de vitória. Estamos batalhando para isso”, disse em entrevista ao O POVO na manhã desta terça-feira, 26.

Para a mãe, Rosilene Brito, foi quase um ano e dois meses de angústia, na expectativa de que Francisco Alberto Nobre Calixto Filho fosse finalmente preso. Ele foi encontrado no Pará, onde tinha familiares, e estava entre os homens mais procurados no Ceará, com mandado aberto desde janeiro de 2018.

“Veio um sentimento de um pouco de alívio, junto com revolta, raiva e angústia”, relata Rosilene. Ela diz reconhecer, porém, que ainda há um longo caminho a ser percorrido até que haja a condenação do responsável pela morte da filha, que completaria 23 anos no último dia 22.

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Segundo a mãe, a família já suspeitava que o suspeito tinha familiares no Pará, mas não havia certeza. As informações foram repassadas para a Polícia, que começou a investigar o caso com base nas dicas fornecidas, até encontrar Francisco. Ele chegou a Fortaleza nesta terça-feira, quando a Polícia promove coletiva para dar detalhes de como ocorreu a prisão.

O caso de Stefhani serve, para Rosilene, como um alerta para mulheres em situação de relacionamento abusivo. A jovem foi vítima de tortura por Francisco pelos cinco anos em que se relacionou com ele. Relatos da família apontam que a moça possuía marcas de agressão e chegou a ser queimada pelo homem.

“Sei que já houve muitos casos depois do dela, mas, como ela foi a primeira mulher a ser morta no Ceará em 2018, isso veio à tona. Como mãe, só tenho a dizer que observem bem com quem você está vivendo. Na primeira arrogância, na primeira palavra que venha a ocasionar um sofrimento, denuncie”, pede.

O caso da jovem Stefhani foi retratado na reportagem especial "Feminicídio: os sonhos e as histórias de mulheres assassinadas no Ceará", feita pelo O POVO.

Com informações do repórter Igor Cavalcante

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