"Tem que prender desembargador, coronel ou político", diz Theophilo sobre casos de corrupção
Secretário nacional da Segurança Pública, Theophilo afirmou que tem trabalhado junto a Moro para fundamentar ações com intuito de reduzir crimes violentos e combater crime organizado e corrupção
Em Fortaleza para participar de palestra sobre políticas públicas em sua área de atuação, o secretário nacional da Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, defendeu ontem a punição de casos de corrupção. “Em relação ao crime do colarinho branco, não adianta ficar pegando o ‘Zé Mané’. Tem que prender desembargador, coronel ou político que é corrupto. Esses são os que interessam. A Lava Jato tem que chegar forte ao Nordeste, pois parou ali no Sul”, enfatizou o militar, ao detalhar o trabalho que vem realizando junto ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Na última terça-feira, 19, Moro levou ao Congresso Nacional pacote de medidas anticrime, que prevê a alteração de pelo menos 14 leis. A fim de viabilizar a aprovação do texto nas Casas Legislativas, temendo a resistência de parlamentares, o ministro resolveu fatiar o projeto em três, isolando a proposta de criminalização do caixa 2.
Ontem, Theophilo disse que seu trabalho com Sergio Moro tem sido fundamentar as ações na segurança pública em três eixos prioritários: redução de crimes violentos, combate ao crime organizado e à corrupção.
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AssineO secretário comunicou, como um dos compromissos de gestão, que colocará em prática cursos de formação para agentes de todo o Brasil de forma integrada. Um dele é baseado no modelo do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI, sigla em inglês).
Segundo ele, o curso se refere à Academia da Polícia Federal. “Um dos objetivos principais dele é integrar e uniformizar os policiais, robustecer as corregedorias e consolidar um programa de fortalecimento das polícias judiciárias”, declarou, complementando que vai começar por cinco capitais brasileiras – sem dizer quais.
Workshop
O secretário General Theophilo participou ontem do workshop “Segurança pública: sociedade ativa, fraternidade e políticas públicas”, organizado pelo Instituto Promover. O evento reuniu representantes da segurança de várias cidades cearenses e também de fora do Estado, como o professor da Universidade de São Paulo (USP) Leandro Piquet e o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua Vieira.
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