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Pelo menos nove estudantes universitários foram assassinados no Ceará em 2018

Tentativas de assalto, ciúmes, erro em abordagem policial e motivações indefinidas foram causas de homicídios de universitários no Ceará este ano
12:00 | Dez. 18, 2018
Autor Ítalo Cosme
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Ítalo Cosme Repórter
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Tipo Notícia
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O latrocínio registrado contra o universitário João Pedro Guedes, 25, na noite desta segunda-feira, 17, aumentou a estatísticas de crimes violentos contra estudantes de Instituições de Ensino Superior (IES). Razões diversas motivaram os delitos contra a vida de discentes no Ceará. Erro em abordagem policial, tentativas de assalto, ciúmes, motivações indefinidas foram a causa de algumas mortes envolvendo graduandos. 
 
O POVO Online traz alguns casos que repercutiram durante este ano. 
 
Relembre: 

 
A estudante de Economia da Universidade Regional do Cariri (Urca), Juliana Oliveira, 18 anos, morreu, em 21 de fevereiro, após ter queimaduras de 1º e 2° grau em 88% do corpo. Após chegar bêbado em casa, o pai de Juliana e agricultor João Batista de Oliveira ateou fogo com toda a família dentro da residência. A motivação, segundo relatos, apontam para a não aceitação do divórcio pedido pela mulher. João Batista também morreu.

Desaparecido em 4 de março, o corpo do estudante de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC) Diego Gonçalves Lima Monteiro, 28, que também era farmacêutico, foi encontrado na rua Joaquim Moreira, próximo à Lagoa da Parangaba, em 29 de março. No entanto, só foi possível fazer o reconhecimento da vítima em 7 de abril. O corpo do jovem foi encontrado com marca de tiro na cabeça.

Estudante de direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), a estagiária do Ministério Público do Ceará (MP-CE) Cecília Raquel Moura, 23, foi baleada, em abril, quando se dirigia ao local de trabalho. Cecília teria sido abordada por três suspeitos, na rua Vereador Pedro Paulo, no bairro Parque Manibura. Ao tentar fugir, ela foi alvejada na cabeça. Após o tiro, a jovem perdeu o controle da direção e colidiu o automóvel em um muro.

Universitário é morto por namorado de amiga em Quixeramobim 
 
João Emmanuhel de Sousa Oliveira, 19, foi morto na residência de uma amiga, no bairro Cohab, no município de Quixeramobim, distante 204,6 km de Fortaleza. O jovem cursava Engenharia de Software da Universidade Federal do Ceará (UFC). O fato ocorreu em maio deste ano. O autor do crime seria namorado da amiga de João Emmanuhel, Alyson Firmino da Silva, 20, que se entregou à Polícia dias após o homicídio. Ciúmes da namorada teriam motivado o delito. 


Em maio deste ano, O corpo de Jheyenderson de Oliveira Xavier, 24, conhecido como Jhey Oliveira, foi encontrado enterrado em um matagal localizado na cidade de Iguatu, distante 360,1 km de Fortaleza. Jhey era estudante do curso de Serviço Social, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). 

Em live no Facebook, o delegado responsável pelas investigações informou que a vítima foi atingida com dois tiros na cabeça. Na casa próxima ao matagal, onde teria ocorrido o crime, foi encontrado revólver com duas cápsulas deflagradas e ainda um crânio humano. No local, os policiais se depararam com uma idosa de 90 anos de idade, cega, surda, sem os movimentos das pernas e que estava nua. 

Giselle Távora Araújo, 42, foi morta durante abordagem policial , em 11 de junho, na avenida Oliveira Paiva, bairro Cidade dos Funcionários. Os policiais confundiram Giselle com assaltantes. A mulher concluiria sua segunda graduação, no curso de Administração, 17 dias depois daquele do ocorrido. Gisele já era formada em Pedagogia. À época do crime, era aluna da Universidade de Fortaleza (Unifor). 

Um dia antes do crime, Giselle havia chegado de São Paulo, onde participou de seminário que serviu como crédito para a finalização do curso. A vida da estudante era divida entre a graduação, as práticas esportivas, os dois filhos de 13 e 19 anos, e o marido, gerente de uma loja.

A estudante de direito Victória Régia, 24, conhecida como Japa, foi morta na em 31 de setembro no próprio estabelecimento enquanto trabalhava. Segundo testemunhas, três homens, após descerem do carro, dispararam contra a vítima. Fontes relataram que a jovem retornou recentemente de Brasília após fazer curso de formação, e estava no sexto período do curso de Direito.

Lucas Gomes, 22, foi morto a tiros, na avenida 13 de Maio, após roubar um cone. O jovem cursava administração e, um ano antes do crime ocorrer, parou de servir ao Exército Brasileiro (EB). Lucas foi atingido na cabeça por disparos de arma de fogo. O caso ocorreu durante a madrugada em 10 de outubro. Um amigo da vítima ainda o levou ao Instituto Dr. José Frota (IJF), mas Lucas não resistiu.
 
Após três dias, O vigilante Tiago Rodrigo Ferreira Nunes, 33, apresentou-se espontaneamente a Polícia Civil e confessou o homicídio de Lucas Gome. Tiago foi indiciado por homicídio liberado em seguida.

O mais recente. João Pedro Guedes, 25, foi morto na noite desta segunda-feira, 17. O jovem cursava Nutrição na Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (Fametro). O crime ocorreu na entrada da instituição de ensino, localizada no Centro de Fortaleza. O aluno foi abordado por criminosos ao chegar à faculdade e acabou baleado. 

Ambulâncias do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foram acionadas para o socorro ao estudante, no entanto, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os dois suspeitos do latrocínio (roubo seguido de morte) são adolescentes e foram apreendidos pelo policiamento local do Centro. 

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