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Justiça aceita denúncia contra 15 pessoas por envolvimento na Chacina das Cajazeiras

A prisão preventiva de quatro acusados já foi decretada
21:23 | Dez. 14, 2018
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Após quase um ano da Chacina das Cajazeiras, a maior do Estado, a Justiça aceitou denúncia contra 15 pessoas pela participação no crime. A queixa foi oferecida pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), na última sexta-feira, 7. 
 
[SAIBAMAIS] Deijair de Souza Silva; Noé de Paula Moreira; Misael de Paula Moreira; Francisco de Assis Fernandes da Silva; Auricélio Sousa Freitas; Zaqueu Oliveira da Silva; Ednardo dos Santos Lima; João Paulo Félix Nogueira; Rennan Gabriel da Silva; Fernando Alves de Santana; Francisco Kelson Ferreira do Nascimento; Ruan Dantas da Silva; Joel Anastácio de Freitas; Victor Matos de Freitas e Ayalla Duarte Cavalcante são suspeitos pelo crime que vitimou 14 pessoas na madrugada de 27 de janeiro de 2018, no "Forró do Gago".
 
Os advogados dos réus têm até 10 dias para apontar até oito testemunhas de defesa. Os indivíduos são denunciados pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, incêndio, tentativa de uso de gás tóxico, fraude processual e constituição de organização criminosa. 
 
Quatro prisões preventivas decretadas
 
A 2ª do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, decretou a prisão preventiva de quatro suspeitos de envolvimento na Chacina das Cajazeiras. Foi determinado que Francisco de Assis, mais conhecido como "Barrinha", Ednardo dos Santos, também chamado de “Aço”, João Paulo, o “Paulim das Caixas” e Victor Matos, fossem conduzidos a uma Casa de Privação Provisória de Liberdade.
 
No relatório de denúncia do MPCE, "Barrinha" é tido como uma das "maiores lideranças" da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). Ele teria "assentido" com a realização da chacina no “Forró do Gago”.
 
Outro que teve a prisão preventiva decretada, Victor Matos foi autuado em flagrante no dia 29 de janeiro deste ano, acompanhado de Paulim das Caixas e outras três pessoas, portando uma pistola calibre .45 com a numeração raspada, uma pistola calibre.380, um revólver calibre .38 e munições. Segundo as investigações do MPCE, uma das vítimas denunciou a participação de Victor na execução do crime.
 
"Aço" foi alvo da Operação Calcutá, em que foram interceptadas ligações telefônicas, que revelaram conversas relacionadas ao crime. Em uma delas, registrada em 13 de março de 2018, um interlocutor afirma: "Ninguém sabe que tu é mandante".
 
"Paulinho das Caxias" seria o "conselheiro da GDE", líder do tráfico de drogas no conjunto habitacional Cidade Jardim, no Bairro José Walter e, assim como "Barrinha", teria "assentido" com a realização do crime.
 
“Os representados são apontados como as pessoas que planejaram e executaram a Chacina das Cajazeiras, ataque massivo em retaliação à facção rival Comando Vermelho (CV), assim como visando assumir o controle no território correspondente ao bairro Cajazeiras, concluiu o relatório do Ministério Público. Na época, o crime teve repercussão internacional.
 
O POVO Online entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado Ceará (TJCE), no entanto os sistemas do órgão estavam "fora do ar" e não foi possível fazer a consulta.
 
A reportagem também fez contato com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), às 17h47min desta sexta-feira, 14, e aguarda resposta.
 
Redação O POVO Online

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