Pessoas de baixa renda têm acesso a serviço gratuito após morte de familiar

O Serviço de Verificação do Óbito (SVO) atende às vítimas de morte por causas naturais não inseridas em um contexto de violência. O órgão, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), é destinado a famílias de baixa condição socioeconômica e não cobra nada pelos serviços, que incluem o transporte do corpo, o diagnóstico e o sepultamento. As pessoas encaminhadas precisam ser identificadas. Caso seja detectado algum sinal de violência, os corpos são redirecionados para a Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

 

O serviço funciona 24 horas, todos os dias, e tem um tempo médio de atendimento de 4 horas, segundo a Sesa.

Francisco Simão, diretor do SVO, diz que a morte pode ser um complicador social para as famílias mais pobres. O momento também pode significar a perda de bens materiais para cobrir os gastos com a logística do sepultamento. “A nossa preocupação não é unicamente com o aspecto clínico da morte, mas também uma análise da questão social”, destaca.

Um dos fatores que demandam atenção do órgão é a falta de acompanhamento médico de muitas da vítimas, o que não gera um diagnóstico preciso para a morte e implica em dificuldades para a emissão da certidão de óbito. O documento é necessário para a realização do sepultamento e o posterior recebimento de pensão, se for o caso.

A necrópsia, procedimento médico que faz a análise de um cadáver, é um recurso que o SVO tem usado para ter diagnóstico mais preciso. Segundo dados da Sesa, o número de necropsiados em outubro de 2018 cresceu 140% em relação ao mesmo mês do ano passado. Francisco Simão afirma que esse trabalho contribui para incremento de dados epidemiológicos que servem como base para se pensar a saúde pública. Além disso, afirma que uma maior precisão no diagnóstico pode dar mais amparo para as famílias.

 

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