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Preso suspeito de manter fábrica clandestina de chumbo para pesca ilegal

Os policiais encontraram no local 32 quilos de chumbo e três espécies de pássaros, além de vinte e quatro rabos de animais que não foram identificados
20:10 | Nov. 28, 2018
Autor Jullie Vieira
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Jullie Vieira Repórter
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Tipo Notícia
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Operação da Polícia Civil do Ceará (PCCE), deflagrada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) na tarde dessa terça-feira, 27, resultou na prisão de homem suspeito de manter na própria residência uma fábrica clandestina de fundição de chumbo para a fabricação de isca prática ilegal de pesca esportiva. A ação foi  intitulada de “Biohazard” (risco biológico).
 
O homem de 45 anos foi autuado em casa, nas proximidades da avenida Washington Soares, bairro Edson Queiroz, enquanto fazia o derretimento de chumbo. Ele foi conduzido para o Complexo de Delegacias Especializadas (Code), onde prestou esclarecimentos, assinou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), pagou fiança e foi liberado.
 
Os policiais encontraram no local 32 quilos de chumbo e três espécies de pássaros, além de vinte e quatro rabos de animais que não foram identificados e ainda vasto material que seria supostamente utilizado para a  fabricação ilegal de isca de peixe.
 
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De acordo com os levantamentos feitos pelos policiais, o homem é semianalfabeto e teria clientes com alto poder aquisitivo em Fortaleza. Vizinhos do suspeitos relataram que, no local, o homem recebia visitas rotineiras de pessoas. Disseram ainda que o mau cheiro tomava conta das proximidades. Na residência, os agentes constataram má estrutura e grande risco toxicológico pelo manuseio precário do chumbo.
 
Segundo Márcia Janine, titular da DPMA, o caso ainda será investigado, pois, além do material que foi apreendido, denúncias apontaram que rabos de animais encontrados na casa do suspeito seriam espécie do cervo. Conforme a denúncia, os animais teriam sido caçados por clientes do homem nos Estados Unidos e trazidos ao Brasil de forma irregular. 
 
A inspetora e bióloga da DPMA Elisani Holanda explicou que, durante a diligência, o homem apresentou tosse continua. No local, segundo ela, tudo era feito de forma muito artesanal, o que poderia levar ao super aquecimento das paredes da casa. Ela acrescentou que o manuseio do chumbo ocasionaria graves problemas de saúde tanto para o suspeito, quanto para os vizinhos.
 
Os órgãos de proteção ao meio ambiente orientam que o tráfico, a caça e a comercialização de animais são crime.

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