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Mulheres se organizam e criam grupo de apoio para pacientes com câncer de mama

A prática complementa o tratamento e ajuda no psicológico das pacientes
23:11 | Out. 10, 2018
Autor Alexia Vieira
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Tipo Notícia
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Depois de passar por tratamentos para curar o câncer de mama, Márcia Maria Oliveira sentiu necessidade de se juntar a outras mulheres para conversar sobre o que vivia. A supervisora de vendas descobriu a doença no final de 2016 e desde então passava por quimioterapias e radioterapias. “Sempre quis ter um local para compartilhar medos e dúvidas. Foi então que nos juntamos no grupo e realmente está fazendo muito bem. Nos sentimos vivas novamente”.
  
O Grupo Ajuda Mútua conta com 10 participantes que se reúnem semanalmente, nas terças-feiras, no Instituto de Prevenção do Câncer (IPCC), para discutir inúmeros assuntos relacionados a vivência da pessoa com câncer de mama. “Nós explicamos para quem acabou de receber o diagnóstico onde conseguir perucas, doação de lenços, como encontrar nutricionistas. Tentamos nos fortalecer nessa luta”, diz Márcia. Ela conta que muitas chegam ao grupo “desesperadas” com o resultado dos exames e são tranquilizadas por mulheres que já passaram pela mesma situação.
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Com o objetivo de expandir as ações do grupo para outros pacientes do instituto, as participantes irão promover uma exposição que preencherá os corredores do IPCC durante toda a campanha do Outubro Rosa. Fotos de antes e depois dos tratamentos e uma sala interativa, com depoimentos de pacientes e casos de sucesso, serão disponibilizados para quem visitar o local. O lançamento da iniciativa teve apresentação do coral do IPCC e a realização de uma palestra do físico Harbans Arora sobre saúde quântica.
  
“A pessoa que descobre qualquer tipo de câncer fica desestruturada emocionalmente. É importante apoiar e mostrar experiências de outras pessoas para, assim, dar conforto emocional, tanto ao paciente quanto aos familiares”, reitera a diretora geral do instituto, Tânia Veras. Ela explica que a campanha do Outubro Rosa tem outras programações durante o mês e, para fomentar ainda mais o diagnóstico precoce da doença, o IPCC deve ofertar 10 mamografias a mais neste período.
  
Psicólogos e assistentes sociais que trabalham no instituto também ficam disponíveis para consultas não só durante a campanha deste mês. O grupo Ajuda Mútua segue aberto para quem estiver passando pela doença e queira se juntar às pacientes que hoje, segundo Márcia, se consideram amigas. “Fizemos um grupo de WhatsApp e eu me sinto muito acolhida. Lá, a gente pergunta e compartilha coisas que pensamos que não são normais, mas são”.

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