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Duplicação da av. Sargento Hermínio não deve resultar em desapropriação de moradores

Primeira etapa vai transformar a pista simples e de mão dupla em duplicada, passando a ter quatro faixas, uma ciclovia no canteiro central e calçadão
22:18 | Out. 03, 2018
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia
[FOTO1]O prefeito Roberto Cláudio afirmou que não há previsão de desapropriação de moradores para a obra de duplicação de novo trecho da avenida Sargento Hermínio, que deverá ser realizada a partir da próxima semana. Financiada por Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza, a obra pode chegar a R$ 20 milhões. Desse valor, R$ 12 milhões seriam pagos pelo Município só para remoção de frente de imóveis e fachadas de comércio.

Correspondente ao trecho entre as ruas Olavo Bilac e Padre Anchieta, a primeira etapa vai transformar a pista simples e de mão dupla em duplicada, passando a ter quatro faixas, uma ciclovia no canteiro central e calçadão. 

[SAIBAMAIS]Para lidar com os transtornos, a obra conta com um grupo de trabalho formado por representantes da Secretaria das Cidades, Departamento de Arquitetura e Engenharia do Estado (DAE), Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Enel Distribuição Ceará, Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf) e Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

"Vamos trabalhar para evitar ao maximo as desapropriações. A maior parte das desapropriações são de frente de terreno e comércio, então a gente não prevê nenhuma desapropriação que retire as pessoas", afirma o prefeito Roberto Cláudio. "É possível que um ou outro morador queira fazer, mas no desenho da obra não há esse cenário. Queremos evitar o dano maior. Vamos evitar interromper trechos inteiros e vamos trabalhar perspectivas de desvios de linhas de ônibus". 

De acordo com o secretário de Cidades do Estado, Paulo Henrique Lustosa, o valor final da obra pode superar os R$ 20 milhões, já que as indenizações a moradores e comerciantes ainda estão sendo negociadas. A expectativa é que até a próxima semana, a gestão comece a divulgar as adaptações que serão feitas para o fluxo na área.
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Minutos antes da assinatura da Ordem de Serviço, a vendedora Edna da Costa, moradora do bairro Ellery há 45 anos, questionou ao prefeito sobre a demora para concluir o processo de indenização. "Em julho (último) veio gente na minha casa avisando que a negociação começaria em agosto, isso não aconteceu", protestou. Ela teme que a ordem não passe de "marketing político": "Há anos vêm engenheiro aqui, mas ninguém é chamado para negociar".

Conforme o prefeito, as visitas nos últimos meses foram realizadas para conferir o laudo de desapropriação. "Esse trabalho de diagnóstico do imóvel, projeto detalhado, custo da obra e licitação tem que ser feito todo antes da obra começar", explicou. "A demora acontece por uma série de questões, e às vezes temos que redesenhar o projeto".

Ainda segundo Roberto Cláudio, algumas indenizações foram pagas no passado, mas alguns desses terrenos foram vendidos e a área desapropriada já teria sido "invadida" pelos novos proprietários. "É preciso ver caso a caso e analisar até judicialmente. O que a Prefeitura já pagou, não será pago de novo. Mas esses casos são exceção".

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