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5 coisas que só quem anda de ônibus em Fortaleza sabe

A lotação e o calor do principal meio de transporte para a maioria dos fortalezenses é lembrança comum entre os cidadãos entrevistados pelo O POVO Online
12:10 | Set. 19, 2018
Autor Alexia Vieira
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Tipo Notícia
Na Semana da Mobilidade, O POVO Online foi às ruas escutar histórias de quem se desloca de ônibus, a pé e de bicicleta em Fortaleza. Os entrevistados listaram benefícios e prejuízos de cada modal e compartilharam as razões da escolha para se locomover.
 
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A partir dos depoimentos, reunimos uma lista sobre os fatos que só quem usa esses meios de transporte consegue perceber na Cidade e nos seus cotidianos. As atividades da semana que pensa a mobilidade urbana começaram no domingo, 16, e vão até sábado, 22, data em que se comemora o Dia Mundial Sem Carro. Hoje, confira cinco coisas que só sabe quem anda de ônibus na Capital:  
 
1. Nem sempre cabe mais um

É comum para quem pega ônibus todos os dias se acostumar com o aperto nos coletivos. A estudante Izabella Venâncio, 17, relata que andar de transporte público no horário de pico é “estressante”. “Os ônibus deveriam aceitar só até certa quantidade de pessoas. A gente fica um em cima do outro, não dá para se movimentar”, reclama. José Vitor Florindo, 17, relata que as vezes tem que ficar na escada, espremido contra a porta do ônibus. O estudante tem medo de se envolver em um acidente, caso a porta abra. 
 
[SAIBAMAIS] 
2. Ônibus é para todos

Mesmo com os problemas, os ônibus auxiliam milhares de pessoas a chegar à escola, ao trabalho ou a locais de lazer espalhados pela Cidade. A babá Alzenir Pereira, 37, pega ônibus todo dia e afirma que o coletivo ajuda muito na mobilidade pela Cidade. “A gente precisa para trabalhar, para resolver as coisas, tudo isso envolve o transporte”, reflete. Para Izabella Venâncio, um dos únicos benefícios de andar de ônibus é a acessibilidade pelo preço da passagem. “É bem mais barato que Uber ou táxi”, diz a estudante. Apesar de a taxa pesar no bolso de alguns fortalezenses, a passagem da Capital é uma das mais baratas do Brasil.
 
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3. Dificuldade de encontrar alternativas

A frota de ônibus de Fortaleza ainda é o principal meio de transporte para grande parte da população. A falta de opções de outros modos de se locomover acaba causando superlotação e problemas na qualidade do serviço. “A única melhoria daqui é o metrô para Maracanaú. Os ônibus mesmo são só sufoco”, diz o vendedor lotérico Francisco Jurassi, 59. A autônoma Viena Sales, 22, prefere se deslocar de bicicleta e não gosta de andar de ônibus, mas reconhece que, para muitos, é a única forma. “É o que muita gente tem acesso. Eentão a pessoa faz o que tem que ser feito”. 
 
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4. Medo e a insegurança estão presentes no dia a dia

Encontrar passageiros que relatam assaltos, furtos e ataques a ônibus na Capital não é difícil. A preocupação geral dos cidadãos é a insegurança ao se deslocar nas ruas de Fortaleza. A aposentada Socorro Barbosa, 57, afirma que um dos maiores prejuízos em se locomover de ônibus é o medo. “Acho que é o pior problema que estamos tendo. Vamos ver mudança de políticos e eu não tenho perspectiva de melhora”, diz. Alzenir Pereira também diz que a sensação de insegurança é constante, pois todos os dias se sente exposta ao andar de ônibus. 
 
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5. Ar-condicionado é necessidade na cidade do sol

“O calor é demais. Fortaleza é cidade grande, todos os ônibus deveriam ter ar-condicionado”, diz Antônio Jurassi. A Capital tem clima quente na maior parte do ano, por isso, investimento em climatização dos coletivos é necessário, segundo o vendedor. Ele diz que escuta sempre reclamações de passageiros sobre o calor no transporte. De acordo com a Prefeitura, até 2020 todos os ônibus da Cidade serão climatizados. 

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