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Tenente da reserva morto na Vila Manoel Sátiro deixa sete filhos

Enterro do policial da reserva reuniu muitos familiares, amigos e policiais. Clima de comoção e medo marcou o sepultamento
22:15 | Ago. 24, 2018
Autor Samuel Pimentel
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Samuel Pimentel Jornalista no OPOVO
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Tipo Notícia
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O 2º tenente da reserva Antonio Cezar Oliveira Gomes, de 50 anos, foi enterrado nesta sexta-feira, 24, após ser morto por criminosos que o alvejaram junto de outros dois policiais em bar no bairro Vila Manoel Sátiro. O PM deixa sete filhos de dois relacionamentos.

[SAIBAMAIS]Na chegada do corpo no Cemitério Parque da Paz, no bairro Passaré, um de seus filhos chegou a passar mal durante o desembarque do corpo que chegou ao local no caminhão do Corpo de Bombeiros. O clima de tristeza acompanhou todo o momento entre os membros da grande família - com alguns parentes tendo vindo de cidades do Interior -, amigos e policiais.

O clima de medo também estava presente, uma vez que colegas de profissão não concederam entrevistas e familiares pediram anonimato temendo represálias.
 
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Em conversa com a reportagem, um familiar próximo contou ao O POVO Online que o 2º tenente reformado não andava armado e que era querido no bairro. "Era uma messoa muito boa, um policial do bem. Não andava nem armada. Foi deixar o filho na creche e os dois amigos chamaram ele para tomar uma cerveja", contou pedindo para não ser identificado.

"Eu fico triste porque jovens como esses são traídos por um País que não respeita mais a dignidade do outro", lamentou um primo do 2º tenente em discurso emocionado.
 
Quem também comentou sobre a situação das famílias dos policiais mortos foi o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), sargento Reginauro Sousa. "Nessas horas o amparo do Estado é quase insignificante. As famílias ficam muito desassistidas até para conseguir pensão", diz.

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