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Consultas e cirurgias por planos de saúde são suspensas por ortopedistas no Ceará

Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará alega que não há diálogo com a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, representante de 22 convênios de saúde no Ceará
18:00 | Ago. 09, 2018
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Tipo Notícia
Médicos ortopedistas e traumatologistas suspenderam consultas e cirurgias por planos de saúde. A decisão veio em assembleia dos especialistas, em parceria da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará (SBOT-CE) com o Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec). A categoria alega que luta pela atualização dos valores dos honorários desde novembro de 2017 e reclama de falta de diálogo por parte da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que representa 22 convênios de saúde no Estado.
 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará, as cirurgias mais afetadas são as de próteses das articulações (artroplastia primária) do quadril e do joelho e as cirurgias de revisão de artroplastia do quadril e do joelho. A instituição estima que cerca de 1,2 milhão de clientes de planos de saúde, que têm planos atualizados, podem ser prejudicados só no Estado. 
[SAIBAMAIS]
O presidente da SBOT-CE, Tiago de Morais Gomes, destaca que os profissionais seguem sem valor revisado mesmo quando os beneficiários dos planos precisam pagar o reajuste das mensalidades todo ano. "Os valores defasados tornam alguns procedimentos inviáveis e o médico acaba tendo que pagar para trabalhar. Por isso, alguns atendimentos foram suspensos e a população foi atingida", afirma. 
 
"Após diversas tentativas de acordo, sem sucesso, a categoria se viu sem saída e decidiu paralisar as atividades, tendo em vista não ser mais possível exercer um trabalho de excelência diante desse cenário", afirma o presidente do Simec, Edmar Fernandes.
 
Em nota, a SBOT-CE, com o apoio do Sindicato dos Médicos, "repudia veementemente a atitude da Unidas, que se define como uma empresa que visa à melhoria da qualidade de vida da população, mas se mostra intransigente nas negociações que visam, de forma justa, conceder melhorias aos médicos e aos seus beneficiários".
 
O POVO Online tentou contato com a Unidas por telefone na tarde desta quinta-feira, 9, mas ligações não foram atendidas. A reportagem fez contato com a assessoria de imprensa da instituição por e-mail e aguarda retorno.

Redação O POVO Online

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