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Ceará é 3º estado do Brasil com maior número de mortes violentas no primeiro semestre de 2018

O estado fica atrás somente de Roraima e do Rio Grande do Norte no ranking de mortes a cada 100 mil habitantes
13:46 | Ago. 28, 2018
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O Ceará ficou entre os estados brasileiros com maior índice de mortes violentas, incluindo homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Durante os seis primeiros meses deste ano, de janeiro a junho, foram contabilizadas 2.360 mortes. A taca de homicídios do Estado só fica atrás das de Roraima e Rio Grande do Norte, primeiro e segundo lugar, respectivamente. Reunindo dados de todas as unidades federativas do Brasil, o País registrou 26 mil assassinatos no mesmo período.

O Monitor da Violência é realizado pelo Fórum Nacional de Segurança Pública, o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o portal G1. De acordo com a pesquisa, os estados que aparecem como os dez mais violentos no primeiro semestre de 2018 são das regiões Norte e Nordeste. Roraima, que está em primeiro no ranking, ainda sofre com as consequências da crise humanitária da Venezuela. Recebendo refugiados em cidades fronteiriças, a vulnerabilidade da população e a situação da segurança pública piorou. 

[SAIBAMAIS] É calculada a taxa de mortes violentas a cada 100 mil habitantes de cada estado todos os meses. O Ceará apresenta índice de 26 mortes por 100 mil habitantes. O número é menor em apenas 1,7 ponto do primeiro lugar nas pesquisas, e 1,1 do segundo lugar. Roraima lidera com 27,7 mortes por 100 mil habitantes e Rio Grande do Norte tem 27,1 por 100 mil. A taxa do Acre é igual à do Ceará: 26 por 100 mil.

O número de mortes em âmbito nacional pode ser ainda maior, pois Maranhão, Tocantins e Paraná não estão entregando os dados mensais das mortes, alegando dificuldades tecnológicas e números não consolidados. Outros estados que seguem na ordem do ranking são Sergipe em 5º, Pará em 6°, Pernambuco em 7°, Alagoas em 8°, Amapá em 9º e Bahia em 10°. Especialistas envolvidos na pesquisa opinam que o número alto é consequência de brigas de facções, falta de políticas públicas específicas para a situação de cada estado e a falta de sistemas eficazes de monitoramentos de mortes.

Para todos os estados, é solicitado pela pesquisa um vídeo com um responsável pela segurança pública para responder a quatro perguntas: quem são os grupos que mais matam no estado, por que eles matam, como isso mudou na última década e o que fazer para reverter o quadro. O Ceará, a Bahia e o Rio de Janeiro não enviaram o vídeo. 
 
Redação O POVO Online 

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