Participamos do

Antes da chacina contra policiais, DHPP solicitou mandado de prisão para dois envolvidos no crime

15:56 | Ago. 24, 2018
Autor Rubens Rodrigues
Foto do autor
Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou à justiça um mandado de prisão contra dois dos envolvidos na chacina policial, no bairro Vila Manoel Sátiro, antes mesmo do crime. De acordo com o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, a DHPP identificou que dois dos presos nessa quinta-feira, 23, estavam envolvidos na morte de outro policial militar.
[FOTO1]
Lucas Oliveira da Silva e Charlisson de Araújo Souza, 20, são suspeitos e envolvimento na morte do subtenente Juciano de Lima Barbosa, 53, morto em 29 de julho, no bairro Parque São José. O crime tem proximidade com a chacina dessa quinta-feira: também ocorreu em bar, a cerca de 400 metros do crime de ontem.

André Costa afirmou que a motivação está sendo apurada e que, por enquanto, nenhuma linha de investigação pode ser confirmada ou excluída. Foram presos Francisco Wellington Almeida da Silva, 41, Charlesson de Araújo Sousa, 20, Eduardo Vale de Lima, 35, Rafael Mendes Almeida, 30, e Lucas Oliveira da Silva, idade não informada.
 
"O ato covarde, vergonhoso, não demonstra força. Pelo contrário, demonstra fraqueza. Após esse ato, o governador determinou que a gente colocasse todas as nossas forças, nossos recursos, à disposição, como é feito de praxe sempre que envolve morte de policial no Ceará", afirmou o secretário.  
[SAIBAMAIS] 
Fabiano Cavalcante da Silva, 31, já estava preso. Antes da confirmação, o secretário comentou que não havia "nada que infirisse na ligação entre presídio e quem estava na rua". Depois, o delegado Wilson Neto, da 11ª delegacia da DHPP, confirmou que Fabiano estava no sistema prisional. "Nós solicitamos que o (Grupo de Apoio Penitenciário) GAP trouxesse esse indivíduo até a delegacia. Acreditamos que a ordem saiu de dentro do presídio. Não podemos dizer como isso aconteceu", reconhece.
 
A prisão

A inteligência policial já apontava os suspeitos que atuavam na área, conforme o delegado Wilson Neto. "Nós trocávamos informações a todo momento com a equipe responsável pela área do crime. Chegamos primeir na localização do Wellington, responsável por guardar armamento e droga naquela região", explica.

"As incursões foram feitas e de imediato chegamos ao Rafael, que estava nas proximidades. Em seguida, recebemos os mandados de prisão de Lucas e Charlesson, e chegamos às duas armas no cumprimenro desse mandado", continuou.

Ele conta que informações de testemunhas "desenharam" o crime. "Outros elementos colhidos trouxeram o entendimento de que Fabiano Cavalcante teria determinado que outros dois indivíduos fossem ceifar a vida dos policiais militares". 
 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente