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Presa parte de quadrilha que se disfarçava de técnicos para furtar material telefônico

Os criminosos usam fardamento técnico para ter acesso às estações elétricas de empresas operadoras de celulares
15:27 | Jul. 10, 2018
Autor Ítalo Cosme
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Ítalo Cosme Repórter
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Tipo Notícia
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Quatro homens foram presos em flagrante suspeitos de furtar estações telefônicas na Grande Fortaleza. De acordo as investigações, nos últimos dois meses, os integrantes da quadrilha furtaram oito bases de empresas de telefonia. As prisões ocorreram na última quarta-feira, 4, e quinta-feira, 5. Todos os indivíduos foram abordados pela Polícia Militar (PM) em parceria com investigações feitas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). 

Na Granja Lisboa, Cristóvão de Sousa Castro foi o primeiro integrante preso em quatro de julho. Com ele foram encontradas baterias, que servem como suporte de energia às bases das redes telefônicas, e um carro Gol de cor prata identificado, durante as investigações, como um dos veículos utilizados na realização dos furtos. Na abordagem, o acusado confessou participação.

Na quinta-feira, 5, após denúncias de que um dos envolvidos nos furtos estaria no bairro Conjunto Ceará, a PM se encaminhou ao local e realizou a abordagem. Antônio Carlos Guedes da Silva assumiu autoria dos furtos e foi preso em flagrante. Durante a ação, o confesso entregou o líder da quadrilha, conhecido como “Magão”. Em seguida, a polícia realizou diligências e capturou Paulo Rone Nascimento de Oliveira, chefe do grupo. Na delegacia, os integrantes revelaram um dos receptadores do material.

No Parque Genibaú, Afonso Araújo Liberato foi preso na sucata onde parte do material furtado estava. No local, fardamentos das empresas operadoras de celular, baterias e cabos de cobre para alimentação das estações foram apreendidos. Apesar de negar a origem do material, os policiais da PM identificaram selos de empresas. 
 
Atuação

Ao cometer os furtos, os criminosos utilizam fardamentos falsificados, comprados ilegalmente, para se passar como funcionários das empresas de telefonias, visando facilidade no acesso aos locais onde estão as baterias e cabos de cobre. Nas estações, as baterias, que custam em torno de R$ 6 mil, funcionam como auxiliares caso haja falta ou queda de energia elétrica fornecida pela rede pública. Dos cabos, é extraído o cobre para revenda.

“Acreditamos que com essa ação ocorrerá substancialmente uma redução no índice desses furtos praticados contra as operadoras”, projeta o delegado Osmar, responsável pelas investigações. Conforme ele, outros receptadores e integrantes do grupo criminoso estão sendo investigados. O prejuízo causado pela quadrilha passa de R$ 1 milhão. “O objetivo é identificar todos os elementos para desarticular toda a quadrilha”. afirma. 

De acordo com o chefe da investigação, os criminosos atuavam em Fortaleza e na Região Metropolitana. Os principais alvos da quadrilha são locais onde estão instaladas antenas de operadoras de celular. Para consumar o crime, os homens visitam as bases, arrombaram os portões ou entram naturalmente usando o fardamento das empresas. 

“A DFR faz alerta aos proprietários de oficinas, sucatas e reciclagem para terem cuidado quando estiverem adquirindo determinado produto, para que não possa ocorrer, posteriormente, um crime de receptação”, alerta o delegado Osmar. 
 
 

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