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Zonas Especiais de Interesse Social receberão projetos de economia criativa

Três Zeis fazem parte do primeiro projeto de Distrito Criativo, que tem objetivo de fomentar a economia local de forma criativa
17:17 | Jun. 07, 2018
Autor Alexia Vieira
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Tipo Notícia
Seguindo as pautas do plano Fortaleza 2040, os Distritos Criativos serão prioridade nos projetos econômicos e urbanísticos da Capital. Bairros que integram fatores da economia local já predominantes, trabalhos de revitalização urbana e qualificação dos habitantes fazem parte do programa que busca diminuir a desigualdade da cidade. Pelo menos três Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), que são áreas habitadas de forma precária, farão parte do primeiro projeto de distrito.
 
O plano de implantação do primeiro distrito será entregue ao prefeito Roberto Cláudio (PDT) nesta sexta-feira, 8, ao fim do Seminário Distritos e Cidades Criativas. No primeiro dia de atividades, a diretora do Observatório de Fortaleza, Cláudia Leitão, afirmou que o perímetro do distrito integraria a Praia de Iracema, Centro da cidade e uma parte do bairro Jacarecanga. As Zeis incluídas seriam o Poço da Draga, a comunidade da Graviola e o Morro do Ouro. 
 
Para Cláudia, o processo de urbanização da Praia de Iracema acabou levando a vida do local. A retirada das residências para construção de casas de show, restaurantes e bares acabou fazendo o local ficar “morto” durante o dia. O projeto pretende reverter isso. “Se você não tem velhos conversando na rua, pessoas acordando de manhã para ir ao trabalho, você está falido no processo de criação de uma cidadania”, declara. O objetivo é conciliar a vida noturna e diurna dos locais.
 
Depois da entrega do esboço do projeto, o Observatório, juntamente com o Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), irá discutir custos, prazos e metas. Cláudia afirma que, como o objetivo do Distrito é ser um programa duradouro e constante na cidade, a execução deve ser feita de maneira compassada. A primeira parte do projeto será composta de ações que devem ser realizadas até o final da gestão de Roberto Cláudio.
 
“Distrito Criativo é onde você vive. Não basta ter um espaço para turista comprar, é preciso ter um espaço para o cearense viver”, disse Cláudia. A diretora afirma que todas as etapas do processo terão os mesmos princípios: proteção da diversidade cultural, sustentabilidade, inclusão produtiva da juventude e inovação. As experiências das cidades do Porto, em Portugal, e Londres, na Inglaterra foram citadas como exemplos de projetos de economia criativa de sucesso. Entretanto, a perspectiva brasileira do projeto, segundo Cláudia, é a inclusão.
 
Eudoro Santana, superintendente do Iplanfor, detalha que o plano para o primeiro distrito é que seja constituído por um corredor turístico-cultural que envolve o Acquário Ceará, um pequeno centro de eventos, o Centro Cultural Dragão do mar e a Estação das Artes. Obra que está em andamento desde 2014, a Escola de Gastronomia e Hotelaria fará parte do programa. Sobre o Acquário Ceará, ele reconhece as críticas e os problemas administrativos do equipamento e afirma que a proposta está sendo examinada novamente. 

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