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Humoristas cearenses criticam possível veto à piada contra políticos

Cearenses se unem a coro por liberdade de manifestação. Humoristas foram ao STF conversar com o relator da proposta, ministro Alexandre de Moraes
18:35 | Jun. 09, 2018
Autor O POVO
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Humoristas cearenses se uniram aos comediantes Fabio Porchat, Bruno Mazzeo e Marcius Melhem. Na última quinta-feira, 7, eles foram ao Supremo Tribunal Federal conversar com o ministro Alexandre de Moraes sobre uma lei eleitoral que poíbe sátiras humorísticas contra políticos em ano de eleição. Os humoristas pedem a suspensão da restrição. “É censura prévia, tutela exagerada do Estado. Acima de tudo, a grande batalha é a liberdade de expressão”, disse Melhem ao Poder 360.

"Ironizar não é ofender, é questionar", diz o presidente da Associação Cearense Humor, Lailton Melo, o Lailtinho Brega. Segundo os humoristas, a união é necessária já que, para eles, a ação fere os princípios constitucionais da liberdade de expressão e do direito à informação.

Para Lailtinho Brega, quando se proíbe o humor em sátira política se proibe "o desenvolvimento de uma cultura reflexiva", afirma o humorista.

"Tenho 30 anos de Humor no Ceará e nunca vi políticos em shows de humor, a maioria deles temem brincadeiras mais pesadas que possam causar a reflexão do povo. E quem não deve, não deveria temer", complementa.
 
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Decisão final

Desde 2010, os efeitos da lei estão suspensos provisoriamente após o STF conceder liminar. Na próxima semana, está marcada uma sessão plenária que decidirá, definitivamente, sobre a proibição.
 
Redação O POVO Online 

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