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Greve completa 10 dias e caminhoneiros bloqueiam apenas um trecho da BR-116

Em pelo menos três pontos da BR-116, entre Fortaleza e municípios da Região Metropolitana, houve manifestações
11:42 | Mai. 30, 2018
Autor O POVO
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A BR-116 continua ocupada no décimo dia de paralisação dos caminhoneiros. As manifestações se iniciaram na manhã desta quarta-feira, 30, e acontecem nos quilômetros 7, 15 e 18 da Rodovia. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no km 18 monitorando a via. Trânsito está fluindo em todos os pontos, mas com lentidão no km 15, único que ainda registra bloqueio.

No km 7, pela manhã, o protesto foi exclusivo de motoristas de transportes escolares, em apoio aos caminhoneiros. Com palavras de ordem contra o preço da gasolina e o presidente da República Michel Temer (MDB), os motoristas protestaram na rodovia acompanhados de um veículo da PRF. De início, o bloqueio acontecia no sentido Sertão-Capital, e depois migrou para o sentido Capital-Sertão. Cerca de 50 topiques estavam no ato, que já se encerrou, com a vida sendo liberada.
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No quilômetro 15, há ponto de bloqueio parcial nos dois sentidos (Sertão-Capital, Capital-Sertão). Os manifestantes estão liberando a passagem de carros pequenos, cargas vivas, caminhões com oxigênio e produtos hospitalares. O trânsito segue, mas com lentidão. PRF não está no local. 

No km 18, os caminhões se concentram no acostamento da via. A PRF desobstruiu o local e está no local auxiliando o trânsito. Não acontece bloqueio, mas a paralisação continua. Motoristas ficam em frente às carretas paradas no acostamento para direcionar os motoristas que passam no local e reforçar o movimento. 
 
Um caminhoneiro, que prefere não ser identificado, foi parado no km 18 e não pode prosseguir. De acordo com ele, os gestores da empresa informaram que o caminhão receberia escolta, mas isso não aconteceu. O motorista afirma que, mesmo com a escolta não vai finalizar a entrega, já que a volta dele não é garantida e pode ficar "pelo meio do caminho" na BR-116. Apesar de não haver bloqueio, os motoristas tentam aglomerar novamente os caminhões que passam no local. 

De acordo com o motorista autonomo Lázaro Douglas, 39, o movimento continua "organizado". "Aqui no nosso ponto de parada (km 18) saiu em média 40% dos caminhões". Segundo ele, os motoristas que saíram foram para a garagem e não estão circulando. 

"O movimento não está fraco. Muitos caminhões foram liberados para a garagem, alguns foram para carregar, masnão vão seguir viagem. A nível local, as vezes, a gente percebe que caiu por causa  do número de caminhões não presente. Mas a nível nacional ainda está forte", afirma Lázaro, que está desde segunda-feira manifestando. 

O motorista Wilson dos Santos, 58, ressalta a importância da presença dos caminhões que continuam nas vias federais. Segundo ele, os caminhoneiros que iniciaram a paralisação continuam parados nas estradas. “Os que saíram com escolta das Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram os carros pequenos”, afirma. 
 
Redação O POVO Online,
com informações do repórter Italo Cosme
 

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