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"Eles não podem aterrorizar como estão aterrorizando", diz caminhoneiro sobre PRF

Para o coronel reformado do Corpo de Bombeiros, Davi Azim, que participa da manifestação desde o primeiro dia, a conduta da PRF perante os caminhoneiros é errada
20:53 | Mai. 30, 2018
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia
De 300 a 400 pessoas estivera na tarde desta quarta-feira, 30, na BR-116, quilômetro 18, em frente à Fábrica Fortaleza, para dar continuidade à paralisação dos caminhoneiros que atinge o 10º dia. No local, viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estavam monitorando o trânsito e agentes discutiam com os manifestantes no sentido de liberar grevistas que, por alguma razão, não queriam mais estar no local. 
 
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Sem se identificar, agente da PRF afirmou que objetivo da conversa foi o de reafirmar o acordo firmado nessa terça-feira, 29, entre a polícia encarregada e manifestantes, o de só permanecer na paralisação quem quiser. "Hoje pela manhã o pessoal ficou retendo mais uma vez e a conversa foi nesse sentido", disse o policial.
 
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Caminhoneiro autônomo há 15 anos, Pedro - não quis informar o sobrenome -, apelidado de "Gaúcho", admitiu que no momento em que a PRF está presente na concentração, eles liberam os caminhoneiros que querem sair da paralisação ou passar pelos locais de concentração. Já quando a PRF não está no local, o comportamento adotado é de bloqueio.

Para o coronel reformado do Corpo de Bombeiros, Davi Azim, que participa da manifestação desde o primeiro dia, a conduta da PRF perante os caminhoneiros, tentanto dispersar a paralisação, é errada. "Eles (PRF) não podem aterrorizar como estão aterrorizando", afirma Azim. Para ele, os caminhoneiros que saíram da manifestação são covardes. Segundo ele, o movimento continuará por quantos dias forem precisos. 

"Inclusive, o comunista Juggmann fica mentindo na imprensa que são os caminhoneiros os culpados pelos problemas do Brasil". Azim diz que a passagem de veículos transportando materiais hospitalares e cargas vivas nunca foi bloqueada como, segundo ele, dizem autoridades governamentais. 

A reportagem do O POVO visitou ainda a CE-040. Na rodovia estadual, viatura da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informou que não havia bloqueios. 

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