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Capitão da PM afastado após denúncia de extorsão se apresenta à CGD e alega inocência

"Tenho 46 anos de idade. É a primeira vez na vida que venho à Controladoria. Nunca fui nem denunciado, imagina acusado", diz o oficial
14:22 | Mai. 11, 2018
Autor Jéssika Sisnando
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Jéssika Sisnando Repórter
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Tipo Notícia
[FOTO1]O capitão da PM Celso Alves Fernandes, afastado das funções pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) por suspeita de extorsão, se apresentou na manhã desta sexta-feira, 11, na sede do órgão, na rua Pessoa Anta. O militar, que estava acompanhado do advogado Rogério Feitosa Mota, conversou com O POVO Online e alegou inocência.

De acordo com o advogado Rogério Feitosa, o capitão está sendo informado nesta sexta-feira, 11, formalmente, da acusação na CGD, e vai apresentar a defesa no prazo legal. "Se trata de um policial que tem aproximadamente 25 anos de serviço. Nunca recebeu acusação, nem advertência, se trata de um profissional exemplar. Que sempre cumpriu suas obrigações. Tudo se iniciou por parte de uma denúncia anônima", relata a defesa.

Em entrevista ao O POVO Online, o oficial diz que dos 46 anos de idade, 25 são na Polícia Militar, onde ingressou ainda como soldado. "Tenho 46 anos de idade. É a primeira vez na vida que venho à Controladoria. Nunca fui nem denunciado, imagina acusado. Passei por Baturité, Redenção, Canindé, Acarape, vários municípios. Não fui ouvido nos autos ainda e foi jogado na rede (redes sociais) que eu estava ameaçando policiais", diz o militar.

Entre 500 policiais militares, o capitão foi contemplado com a medalha do mérito militar, no ano de 2017. Agraciado com a medalha, o oficial entende que recebeu a homenagem por ser um policial operacional e de rua.


O caso
Na portaria da Controladoria Geral de Disciplina, consta nos autos que o comandante da 3ª Cia do 4º BMP teria exigido dinheiro dos comerciantes da região para que as viaturas realizassem rondas ostensivas ou ficassem paradas defronte aos respectivos estabelecimentos comerciais.

Ainda conforme os autos, indícios apontam que o oficial teria utilizado as viaturas para proveito próprio, determinando que PMs obtivessem bebidas alcóolicas e mercadoriascom os comerciantes locais.

Ele também é acusado de obter na Prefeitura alimentos e dinheiro, com alegação de que seria para o efetivo. No entando, seria para ele. O capitão foi afastado por 120 dias e ficou à disposição da unidade de recursos humanos. Ele ainda teve a identificação funcional retida, assim como a arma e a algema. A portaria foi publicada no dia 23 de abril deste ano.

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