Participamos do

Secretária da Justiça afirma não ter ligação com coordenador preso em operação

17:31 | Abr. 20, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
A titular da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (Sejus), Socorro França, falou sobre os áudios divulgados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) que revelam negociação de gestores do sistema prisional com membros de facções. Ela defende que não tem nenhuma proximidade com o coordenador do Sistema Penal, Edmar de Oliveira Santos, preso na operação. 
[FOTO1]
"Todo mundo fala que o Edmar é meu braço direito, mas ele não é. Ele é coordenador do sistema prisional e eu coordeno a secretaria", disse ao O POVO Online a titular da pasta por telefone. Ela afirmou não ter ouvido os áudios e que só se pronunciará oficialmente quando tomar conhecimento do conteúdo divulgado pelo MPCE. A titular da Sejus disse que se posicionaria por meio da assessoria ainda nesta tarde. 

[SAIBAMAIS]A Secretaria, no entanto, mantém o posicionamento inicial de que cumpriu a determinação da Justiça de afastamento dos sete agentes penitenciários do exercício de suas funções. "A Secretaria acompanha atentamente as investigações e é a principal interessada na completa elucidação dos fatos", finaliza o texto.

As interceptações telefônicas foram autorizadas pela Justiça e colhidas durante as investigações da Operação Masmorras Abertas, do MPCE, e Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança do Estado. A operação foi deflagrada na última segunda-feira, 16.

Cinco diretores de unidades prisionais, além do coordenador e subcoordenador da Coordenadoria do Sistema Penitenciário (Cosipe), da Secretaria da justiça e Cidadania (Sejus), foram afastados das funções.
 
Além das denúncias de associação criminosa, os investigadores apontam o uso de dados falsos em sistemas de informação do sistema prisional, corrupção passiva, prevaricação, omissão no dever de vedar ao preso acesso a aparelho celular, condescendência criminosa, violação do sigilo profissional e tortura.
 
Redação O POVO Online

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente