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Preso por dois dias, coordenador do Sistema Penitenciário é solto após audiência de custódia

Edmar Santos havia sido preso na última segunda-feira, 16, em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo. Conselho Penitenciário considera que prisão pode ter sido irregular
13:50 | Abr. 18, 2018
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia
Atualizada às 19h
Após dois dias de prisão, o coordenador do Sistema Penitenciário do Estado (Cosipe), Edmar de Oliveira Santos, teve a prisão relaxada após audiência de custódia na manhã desta quarta-feira, 18. Ele havia sido preso em flagrante na última segunda, 16, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Masmorras Abertas, do Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio do Núcleo de Investigação Criminal.
 
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Presidente do Conselho Penitenciário do Ceará (Copen), Cláudio Justa considera que a prisão do coordenador foi atípica e teria sido irregular, segundo ele. Edmar de Oliveira foi preso, segundo fontes da Polícia e Ministério Público, por suposto crime de porte ilegal de arma porque foram encontrados dois carregadores antigos de uma pistola .45. 
 
Na casa do agente penitenciário foram encontrados ainda duas pistolas .40 (número SHW22003), dois carregadores e 29 munições, pertencentes à Secretaria da Justiça do Ceará. A Polícia recolheu ainda uma pistola particular calibre 380 (número KUH84054), quatro carregadores e 49 munições. Esta arma está registrada em nome de Edmar de Oliveira. Porém, o registro, segundo a Polícia, está vencido desde 21 de fevereiro do ano passado. 
 
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Na audiência desta quarta, fiança foi arbitrada a Edmar. O diretor da Casa de Privação Provisória de Liberdade II (CPPL II), Erlano Falcão, teve mandado de prisão decretado pelo mesmo motivo.

A operação
Cinco diretores de unidades prisionais, além de Edmar e do subcoordenador da Cosipe foram afastados das funções, na manhã de segunda, durante a operação Masmorras Abertas. Eles são suspeitos de cometerem ilegalidades administrativas e são investigados desde maio de 2016, quando ocorreu uma das maiores crises do sistema prisional cearense, durante e após a greve dos agentes penitenciários do Estado.

Os mandados de afastamento e busca e apreensão foram expedidos pela Comarca de Itaitinga. Celulares, notebooks e diversos documentos foram aprendidos.

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