Participamos do

Mais quatro torres de segurança devem ser construídas até junho

O piloto, no Jangurussu/São Cristóvão, foi bem avaliado pelo vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan, em evento da CDL. Goiabeiras, Vila Velha, Canindezinho e Dendê também devem receber as torres, ainda neste semestre
22:22 | Abr. 20, 2018
Autor Lucas Braga
Foto do autor
Lucas Braga Repórter do O POVO Online
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
Programa de proteção colaborativo foi apresentado à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) na tarde da última segunda-feira, 16, pelo vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan. Com destaque para as torres de segurança - a exemplo da instalada no Jangurussu em fevereiro - e Espaços da Cidadania, anexos às torres, o programa deve ser expandido. Até junho, Goiabeiras, Vila Velha, Canindezinho e Dendê também devem receber os equipamentos.
 
[FOTO2] 
Moroni detalhou o Plano Municipal de Proteção Urbana (PMPU) e reconheceu haver pontos de melhoria no projeto piloto, que abrange a torre do São Cristóvão (Grande Jangurussu). Ele destacou ainda a necessidade de prevenção nos planos de segurança para a Capital e a atenção em tempo integral para os perímetros cobertos pelas Células de Proteção Comunitária.

“É um programa amplo. Não é só vigilância e ronda, mas pensamos na prevenção (à criminalidade) com geração de emprego, educação, cultura e lazer. A célula do Jangurussu tem dado grandes resultados, superando a expectativa: nos arredores, além da abrangência da célula, o número de homicídios também caiu”, comemora Moroni. Na área piloto, um homicídio foi registrado, em três meses, enquanto no mesmo período de 2017 haviam sido dez mortes.

[SAIBAMAIS]
Projetos
Com recursos da Prefeitura, mais quatro áreas críticas devem receber as células até junho. Cada uma custa R$ 1,8 milhão. O vice-prefeito antecipou que, com recursos da União, o projeto poderá ser potencializado mais rapidamente. Afinal, para cobrir o território fortalezense (18 mil quarteirões, aproximadamente), seriam necessárias 100 células. A expectativa realista é cobrir um terço da Capital, 6 mil quarteirões, até 2020.

Barroso, Caça e Pesca, Praia de Iracema, Serviluz, Cais do Porto e Pirambu foram locais mencionados pelo vice-prefeito como focos futuros de implantação das células. Os locais das células foram definidos com base em estatísticas do Panorama da Violência em Fortaleza 2016, da Secretaria Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
 
[FOTO1] 
O modelo comunitário de vigilância foi inspirado por experiências internacionais, como as de Israel e Medellín (Colômbia). 

Assis Cavalcante, presidente da CDL Fortaleza, destacou a parceria da Prefeitura para o projeto, beneficiando o comércio local. “A segurança da população para ir e vir ao Centro ou a um shopping para fazer suas compras é muito importante para nós fazermos varejo. Os centros comerciais são beneficiados por ações louváveis como essa, resultados melhores aos empreendimentos”, frisa.

> Previsão de construção das torres e implantação das células:
1 Goiabeiras até fim de abril
2 Canindezinho início de maio
3 e 4 Vila Velha e Dendê até junho

%2b Células de Proteção Comunitária definem a territorialidade e abrange conceitos de prevenção primária como: urbanização, lazer e iluminação. Na prevenção secundária, iniciativas culturais, educativas e esportivas, ações na área social e geração de emprego e renda. Na prevenção terciária, vigilância eletrônica, ações de patrulhamento e o envolvimento da vigilância comunitária, por meio de aplicativo que une a população aos agentes de segurança.

Cada célula trabalhará com média de 40 guardas municipais e 20 policiais militares que farão o patrulhamento a pé, em bicicletas e motos. Sistema de vigilância eletrônica vai monitorar, 24 horas/dia, a área assistida pelo equipamento com auxílio de drones e do aplicativo Olho Vivo, para dispositivos móveis, que possibilitará a comunicação direta entre moradores e a Guarda Municipal. O diferencial do aplicativo, conforme planeja a Prefeitura, é o sigilo das informações.

Espaços da Cidadania, anexos às torres de vigilância, terão ações voltadas à promoção da cidadania, dignidade e direito à vida. Vai oferecer cursos, emissão de documentos, serviços de mediação de conflitos, atenção especial a dependentes químicos, estímulo ao empreendedorismo e economia solidária, entre outros serviços. 

O Conselho Municipal de Proteção Urbana é um colegiado que indicará diretrizes e prioridades para Programa Municipal de Proteção Urbana. Ele será composto por representantes de órgãos e entidades do Município, Estado, União, Ministério Público e Judiciário com o poder de ser não apenas um ente consultivo, com também um instrumento operacional para execução e manutenção do programa.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente