Apesar das chuvas, cenário no Ceará ainda é de alerta
74,52% do Ceará permanece em estado de seca relativa. Cenário ainda é alarmante, mas melhorou. Em março de 2017, nenhuma região do Estado era considerada livre de seca
O Ceará encerrou o último mês de março com seu território de 25,48% sem seca relativa, conforme o mapa do Monitor de Secas do Nordeste da Agência Nacional das Águas (ANA). Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), elaborado em conjunto com outros institutos de meteorologia do Nordeste.
Levando em consideração que 74,52% do Ceará permanece em estado de seca relativa, o dado ainda é alarmante. Em março de 2017, no entanto, o Estado não tinha nenhuma região livre da seca.
Supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz afirma que as chuvas de fevereiro e março contribuíram para a redução. "As precipitações, apesar de, no último mês, terem ficado abaixo da média, foram responsáveis pela diminuição dos impactos da seca, principalmente na faixa litorânea e no noroeste do Ceará".
O mapa do Monitor de Secas ainda mostra redução considerável em relação ao nível de severidade, na parte norte do Estado, durante o mês de março. Já na parte centro-sul, as chuvas foram irregulares, sem indicação de mudança de cenário a curto e longo prazo.
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Castanhão
A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) aponta que, de fevereiro último até esse dia 18, as reservas de 139,5 milhões de metros cúbicos de água do Castanhão, o maior reservatório do Ceará, cresceram para 487,61 milhões de metros cúbicos.
O Castanhão, açude estratégico para as cidades de porte médio e área irrigada, tem capacidade total de 6,7 bilhões de metros cúbicos. Nesse período de quadra chuvosa apontado pela Funceme e pela Cogerh, seu volume triplicou de 2,08 % para 7,28 %.
Redação O POVO Online
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