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Seis suspeitos da morte de chefes do PCC em Aquiraz continuam foragidos; entenda o crime

Segundo a Polícia, o mandante do crime seria Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como "Fuminho", braço direito de Marcola
22:52 | Mar. 02, 2018
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia
Os seis suspeitos de envolvimento na execução de Gegê do Mangue e Paca foram identificados em coletiva de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) na noite desta sexta-feira, 2. O crime ocorreu no último dia 15, em Aquiraz, município da Região Metropolitana de Fortaleza.
 
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São eles: Wagner Ferreira da Silva – o “Cabelo Duro”, dono do helicóptero, morto em São Paulo; Erick Machado Santos – conhecido por “Neguinho Rick da Baixada”; Ronaldo Pereira Costa, André Luiz da Costa Lopes – o “Andrezinho da Baixada”; e Thiago Lourenço de Sá de Lima, além do homem apontado como o mandante do crime, Gilberto Aparecido dos Santos – conhecido como “Fuminho”, braço direito de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. 
 
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A Justiça já havia decretado as prisões temporárias dos seis e também do piloto do helicóptero usado no crime, Felipe Ramos Moraes – que tem passagens pela Polícia de Minas Gerais, após ser preso por transportar drogas. A aeronave foi utilizada no transporte dos executores e das vítimas até a mata e foi apreendida na noite desta quinta-feira, 1º, pela Polícia Civil de São Paulo.

Gegê era líder das ações de rua e do tráfico de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC), enquanto Paca era cúmplice. Eles foram executados a tiros e facadas, na mata de uma aldeia indígena em Aquiraz. Ambos foram alvo de represália dentro do próprio PCC, segundo a Polícia. Esta linha de investigação foi reforçada depois de apreensão de bilhete na Penitenciária de Presidente Venceslau (a 620 km de São Paulo): os dois traficantes, que chefiavam os negócios da facção fora da cadeia, estariam desviando dinheiro da facção. 

Transporte
O helicóptero, que custou R$ 3 milhões, esteve hangarado em empresa de táxi aéreo no Eusébio, entre os dias 13 e 15 de fevereiro. Com isso, as equipes especializadas chegaram ao nome do piloto, Felipe Ramos Moraes, também foragido. Em 2014, ele foi condenado à prisão pela Justiça Federal no Ceará depois de ser preso transportando 174,8 quilos de pasta-base de cocaína vinda da Bolívia. A ordem foi da 25ª Vara Federal, de Iguatu.

No dia do crime, o veículo aéreo realizou dois voos. O primeiro ocorreu entre 9h28min e 9h50min. Já o segundo, às 10h13min, sendo este com destino à Bahia, de acordo com informações fornecidas pelo piloto à empresa. 

Por fim, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) descobriu a localização do helicóptero e, já de posse do mandado de sequestro da aeronave, foi solicitado o apoio da Polícia Civil de São Paulo, que apreendeu o veículo em Fernandópolis, cidade do interior paulista. 

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