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Foragidos quatro laranjas donos de mansões e carros de luxo usados pelo PCC no Ceará

Dois dos laranjas ainda não foram identificados pela Polícia. Propriedades e carros somam mais de R$ 12,5 milhões
20:47 | Mar. 02, 2018
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia
Atualizada às 22h05min
Foram identificados quatro dos seis proprietários dos imóveis e carros de luxo usados por Fabiano Alves de Souza, o Paca, e Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) mortos no último dia 15José Cavalcante Cidrão, o irmão dele Francisco Cavalcante Cidrão, Samara Pinheiro de Carvalho e Magda Enoe de Freitas estão foragidos da Polícia. Os nomes foram repassados em coletiva de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) na noite desta sexta-feira, 2.
 
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Avaliado em mais de R$ 2 milhões, um imóvel luxuoso, no Alphaville Porto das Dunas, em Aquiraz, era residência de Gegê. Lá ele se identificava falsamente como João Paulo Martinelli. 
 
Paca residia no também luxuoso Alphaville Eusébio. O imóvel, de R$ 1,8 milhão, foi comprado após apartamento no Cocó, de valor similar. Paca desgostou-se do apartamento, por ter sido proibido de usar cortinas na varanda: era regra do condomínio. 
 
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Próximo à Lagoa do Uruaú, em Beberibe, a Polícia Civil encontrou ainda outra residência de "Paca", que usava o nome Carlos Fabiano Duarte. A mansão custou aproximadamente R$ 1,1 milhão. Quatro veículos de luxo, avaliados em torno de R$ 2,5 milhões, também estão com a Polícia, apreendidos a partir de mandados judiciais.
 
A preço de hoje, as duas BMW X6M (uma preta e uma branca, ano 2017/2018) e a Range Rover Sport 3.0 (preta, ano 2017), todos de altíssimo padrão, estão avaliadas em mais de R$ 1,6 milhão.  
 
A ostentação da dupla morta pôde ser exemplificada desde os trabalhos periciais, que revelaram achar um cordão de ouro de R$ 400 mil e um relógio de R$ 40 mil, junto aos corpos das vítimas. 
 
O Boy
No dia 13 de fevereiro, Claudiney Rodrigues de Souza, o “Cláudio Boy”, também apontado como um dos chefes do grupo criminoso, visitou Paca e Gegê na propriedade do Porto das Dunas. Imagens colhidas pelas Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) mostram o momento que o homem chega ao local. “Cláudio Boy”, era procurado pela Interpol e pela Polícia Federal e foi capturado no aeroporto de São Paulo, no dia 19 de fevereiro – três dias após as mortes. Não há, porém, indícios do envolvimento de Cláudio nas execuções, segundo a Polícia.
 

 

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