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Aedes aegypti pode infectar cães e gatos e provocar "verme do coração"; saiba como tratar e evitar

Prevenção começa com os cuidados básicos, como uso de vermífugos, repelentes para animais e coleira antiparasitária
17:10 | Mar. 02, 2018
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Período da quadra chuvosa aumenta o risco de infestação de mosquitos. As doenças transmitidas por vetores, no entanto, não atingem apenas os seres humanos. Cães e gatos podem ser contaminados tanto pelo Aedes aegypti como os insetos Culex e Anopheles, e serem acometidos pela doença popularmente conhecida como verme do coração, a Dirofilariose. 

 

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Embora o Centro de Zoonoses de Fortaleza não tenha registrado nenhuma ocorrência este ano, o médico veterinário cardiologistas Evilázio Nogueira alerta para a incidência na Capital. Somente este ano, ele recebeu três cães com o quadro clínico de Dirofilariose. A doença pode ser silenciosa devido ao prolongado ciclo reprodutor do verme.

 

“Ela leva um tempo médio de seis meses até desenvolver-se e a larva ser depositada na artéria pulmonar ou coração", explica. "Ela cresce e começa a se multiplicar”, acrescenta. Foi o que aconteceu com a Kira. Uma cadela da raça labrador de três anos. A tutora, a engenheira de alimentos Juliana Alencar, de 28 anos, descobriu durante exames de rotina que ela havia sido contaminada.

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“Até então ela não apresentava nenhuma sintoma. Descobrimos ainda no estágio inicial da doença”, relatou a tutora. Segundo o veterinário, a doença é predominante em cidades litorâneas e houve maior incidência de casos nos últimos dois anos. “Foi inicialmente uma doença endêmica no Rio de Janeiro e desde então vem se espalhando para a região Norte e Nordeste”, explicou. O homem também pode ser infectado. 


Ciclo de contaminação

 

O mosquito infectado deposita larvas sobre a epiderme do cão ao picá-lo. As larvas entram pelo orifício, vão para o coração e amadurecem, tornando-se parasitas adultos. O mosquito ingere esses organismos ao picar o animal, elas desenvolvem-se até tornarem-se infectantes, reiniciando o ciclo.

 

Como prevenir

 

Prevenção começa com os cuidados básicos, como uso de vermífugos, repelentes para animais e coleira antiparasitária. Além da carteira de vacinação atualizada.

 

Sintomas

 

Cansaço, tosse, dificuldades para respirar e cianose (quando ficam com a língua roxa)

 

Diagnóstico e como tratar a doença

 

Ao apresentar os sintomas, o animal deve ser submetido a exames como sorologia e ecocardiograma. Após confirmada a doença, animal deve ser tratado com antibióticos e fazer exames a cada seis meses

 

 

 

Redação O POVO Online  

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