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Dicas para nadar no mar de Fortaleza com segurança e evitar afogamentos

Medidas de segurança para que o passeio continue prazeroso e não acarrete em acidentes são necessárias
12:06 | Fev. 07, 2018
Autor O POVO
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Banhistas que desejam nadar nas águas do mar de Fortaleza devem sempre ter em mente alguns cuidados. O litoral atrai e há quem tenha como hábito tomar banho nas águas mornas e salgadas. Entretanto, correntezas, marés, buracos e pedras são alguns dos obstáculos que podem transformar um passeio tranquilo em um acidente. Tomando as devidas medidas de segurança, o banho de mar pode continuar sendo um prazer para fortalezenses e turistas.

Esta semana, o corpo do jovem Luiz Gustavo Façanha, 24, foi encontrado no mar da praia de Iracema. A causa da morte ainda não foi divulgada pela perícia, mas há suspeitas de afogamento. Como a vítima, diversas outras pessoas já sofreram afogamento nos mares da cidade. Para tentar evitar esse tipo de ocorrência, o tenente do Corpo de Bombeiros Romário Fernandes pede a atenção da população, pois “nadar no mar é uma atividade diferente que merece o dobro de cuidado”.

O banhista já experiente Leydson de Carvalho afirma que, mesmo nadando há muito tempo, não deixa de cumprir regras de segurança. Tais regras são também repassadas para todos os amigos e conhecidos do grupo “Nado Amigo Parquelândia”, o qual ele coordena. “Nadamos na Praia de Iracema há quatro anos, já levamos mais de 200 pessoas para nadar no mar de lá. Sempre seguindo as regras, nunca tivemos nenhum acidente com nosso grupo”. O trabalho voluntário de Leydson permite que as pessoas que queiram nadar no mar tenham um grupo de apoio, que dá coragem e orienta a ação.

Em entrevista ao O POVO Online, Leydson e Tenente Romário deram algumas dicas que consideram importantes para nadar no mar com segurança. Veja abaixo:

Nunca entrar no mar alcoolizado

“É igual beber e dirigir, não combina”, afirma Leysdon. Quando bêbadas, as pessoas podem ficar com reflexos comprometidos, bem como movimentos mais lentos e não tão precisos. Dentro do mar, os efeitos do álcool no corpo podem atrapalhar o nado. Além disso, as possibilidade de passar mal é potencializada.

Sempre nadar com mais pessoas

O apoio de pessoas mais experientes na hora de entrar na água é imprescindível. Se acontecer alguma eventualidade, a pessoa próxima pode ajudar, aconselhando a manter a calma e também chamando socorristas. Na Praia de Iracema, Leydson acha o posto do Corpo de Bombeiros afastado e nota que, algumas vezes, os salva vidas não escutam o chamado de vítimas. Por isso, se alguém que está se afogando tiver um amigo perto, este pode auxiliar a chamar a atenção do guarda.

Conhecer o mar da cidade

De acordo com Romário, o que mais provoca acidentes é o desconhecimento das correntezas do mar. As ondas chamam atenção e os banhistas acham que o melhor é ir para uma parte da praia que tenha menos quebras de água. Entretanto, o tenente atenta para o fato de que nessas áreas podem existir correntezas desconhecidas. Pedras e vãos no chão do mar também podem atrapalhar o banho. Apesar das semelhanças, cada parte do litoral tem suas peculiaridades.

Não nadar contra a corrente

Alguns locais do mar sem ondas podem ter corrente de retorno. O que acontece nessas correntes é a volta da água pro mar, o que pode dar a sensação de que a pessoa está sendo “puxada” para dentro. Esse sentimento pode fazer com que alguém fique aflito e tente nadar contra a corrente diretamente. Fazendo isso, o risco de se cansar e começar a se afogar é maior. A dica é nadar perpendicularmente à corrente. Em um ângulo de 90º, o banhista tem mais controle sobre as águas e pode ir chegando a costa sem ser puxado para dentro do mar.

Manter a calma

O pânico quando algo não vai como planejado no meio do banho de mar é um dos fatores que mais piora os casos de afogamento. Tentar retomar a respiração e o equilíbrio na água pode ser mais fácil se o banhista levar um objeto flutuador consigo. Leydson conta que um dos pré-requisitos para as pessoas do grupo de nadadores entrarem no mar é sempre levar um objeto desse tipo. Além disso, o objeto também auxilia na hora do cansaço, fazendo com que o banhista tenha um ponto de apoio sempre perto para recuperar o fôlego.

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