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Secretário da Segurança defende intervenção federal em todos os estados

André Costa comentou a proposta que chegou a ser discutida no Conselho Estadual de Segurança Pública
17:47 | Jan. 14, 2018
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Tipo Notícia
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, delegado André Costa, defendeu neste domingo que haja intervenção federal em todos os estados. Ele argumenta que a União não deve exercer o papel dos governos estaduais, mas cumprir seu papel constitucional.

"Precisamos dessa intervenção. Não a que alguns pregam com uma análise rasteira da problemática ou com interesses partidários. O discurso fácil é rapidamente aplaudido, mas não soluciona. O debate da questão da segurança precisa ser feito com responsabilidade, seriedade e transparência. Não há soluções mágicas ou mirabolantes. É um processo gradual e que precisa ser feito a muitas mãos", escreveu em seu perfil no Facebook.
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A proposta de intervenção federal foi apresentada no Conselho Estadual de Segurança Pública. Caso acatada, poderia resultar até no afastamento do governador Camilo Santana (PT). Porém, a requisição não foi aprovada. No mesmo dia em que o conselho se reuniu, nesta sexta-feira, 12, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou o balanço dos homicídios em 2017, com o pior resultado da história.
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André Costa apresentou série de propostas sobre como poderia se dar a intervenção federal:

1. Ter um plano nacional de segurança pública, inclusive prevendo fontes de custeio e investimento para a segurança dos Estados, a exemplo do que existe para a educação e a saúde.

2. Cuidar das fronteiras secas e molhadas, investindo mais nas Forças Armadas e na Polícia Federal.

3. Investir na PF e nas PCs (polícias civis) para que estas possam combater as facções criminosas que atuam em todos os Estados do País.

4. Investir na PRF, para evitar que as drogas e armas que passem pelas fronteiras cheguem ao Ceará e aos demais Estados, pois quase tudo vem por vias terrestres.

5. Uniformizar estatísticas (para sabermos a situação real de cada Estado, sem mascaramento de dados), telecomunicações, armamentos, viaturas, formação e treinamento continuado, dentre outras questões.

6. Cobrar a participação de empresas em áreas que resolverão em definitivo problemas de segurança pública (por exemplo, empresas de telefonia bloqueando sinais de celulares nos presídios de todo o País; e bancos, obrigando a instalação de dispositivos que destruam cédulas de caixas eletrônicos em caso de violação).

7. Financiar projetos de prevenção social junto aos municípios, priorizando os que possuem maiores problemas de violência (urbanização, educação em tempo integral, oportunidades de estágios e empregos, projetos culturais, esportivos e de lazer, dentre tantos outros).
Redação O POVO Online

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