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Santa Casa vai encerrar atividades de pronto atendimento

Provedor esclareceu que mudança vinha sendo discutida. Recursos investidos no setor serão redirecionados para criação de novos leitos
20:45 | Jan. 09, 2018
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O pronto atendimento da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza irá encerrar as atividades a partir da próxima terça-feira, 16. Os recursos usados no setor serão remanejados para a criação de 73 novos leitos de retaguarda, que irão complementar as redes da Saúde do Estado e do Município.

Provedor da Santa Casa, Luiz Nogueira Marques esclareceu informações repassadas pelo Sindicato dos Médicos do Ceará. Inicialmente, a associação divulgou que, a partir da próxima segunda-feira, 16, os pacientes que procurassem a Emergência seriam direcionados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O motivo seria falta de recursos financeiros.

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Conforme Marques, houve uma reestruturação na instituição e os recursos investidos no pronto atendimento foram remanejados para criar novos leitos de retaguarda. “A Santa Casa não tem emergência, tem pronto atendimento. E ele não é resolutivo: não atendemos traumatologia, pneumologia, neurologia, AVC e várias outras patologias”, ressaltou.

Transferência de recursos

Apesar do impasse sobre o nome do setor, a assistência emergencial deixa de ser ofertada na unidade de saúde a partir da próxima terça-feira. “Transferimos os recursos para um setor mais útil ao Estado e ao Município. E vamos atender muito mais pacientes que aguardavam atendimento emergencial de internação”, explicou.

Segundo o provedor, a instituição oferta cerca de 50 leitos de retaguarda. Esse tipo de recurso é utilizado para internação de pacientes de complexidade intermediária, com quadro clínico avaliado como estável, sem risco de morte, mas sem possibilidade de alta imediata. Com o redirecionamento da verba, a unidade passa a ter mais 73 leitos.

“A população não tem de ficar assustada e receosa, é muito mais lógico buscar emergência próximo de casa, onde tem uma UPA, Frotinha, Gonzaguinha, Hospital Geral, que atende todo tipo de patologia. Aqui, só transferimos”, disse Marques. De acordo com ele, há mais de um ano a mudança é discutida com as secretarias da Saúde do Estado e do Município. “Estamos dando logicidade a uma coisa que já vinha há muito tempo sendo discutido. E vamos oferecer mais qualidade do que podíamos dar”, disse.

Após os esclarecimentos do provedor, O POVO Online entrou em contato com o Sindicato dos Médicos, mas as chamadas não foram atendidas.

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