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Oficial do 23º BC encontrado morto no RN será sepultado nesta tarde em Fortaleza

Formado em Direito, Júlio César Feitosa tinha 26 anos e estava há sete anos no 23º Batalhão de Caçadores
12:00 | Jan. 02, 2018
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia
oficial do Exército Brasileiro Júlio César Feitosa, encontrado morto nessa segunda-feira, 1º, no Rio Grande do Norte, foi velado nesta terça-feira, 2, no 23º Batalhão de Caçadores, no Bairro de Fátima. Ele será sepultado hoje, às 15 horas, no Cemitério Parque da Paz. Um inquérito militar foi aberto e um oficial do 23º BC foi designado para comandar a investigação em Mossoró. 

O corpo do 1º tenente Feitosa chegou a Fortaleza ainda na noite dessa segunda, 1º, por volta das 22 horas. A família acompanha o velório desde a chegada do oficial, de acordo com o subcomandante do 23º BC, tenente-coronel Wendell de Carvalho Bravo. "Estamos dando todo apoio psicológico e espiritual para que a família possa suportar esse momento difícil".

Júlio César Feitosa foi encontrado morto no alojamento das Forças Armadas, no Ginásio de Esportes Pedro Ciarlini, em Mossoró, onde funciona a Operação Potiguar III. O oficial foi enviado em um grupo de 300 militares de Fortaleza e de Crateús. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou em coletiva na manhã dessa segunda que, embora faltem "informações concretas", não houve um crime".

Um oficial ouvido no 23º BC, que terá identidade preservada, contou que conhecia Júlio César há cerca de um ano. O tenente falou que este seria o oitavo e último ano de Feitosa no Batalhão. 

"O que se fala entre os (oficiais) que estavam com ele é que, desde o primeiro dia no alojamento, ele se mostrava diferente", disse outro oficial ouvido pelo O POVO Online. "Ele estava chateado. Não queria estar na missão". Ainda conforme militares ouvidos no local, Feitosa era formado em Direito. 

A seção de Comunicação Social da Operação Potiguar III informou que o corpo passou por perícia militar e que o resultado será emitido em aproximadamente 40 dias. 
 
Segurança Pública
 
Parte da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a Operação Potiguar III assumiu a Segurança Pública do Rio Grande do Norte na última sexta-feira, 29, após determinação do presidente Michel Temer (PMDB). A ação reforça a segurança no RN, principalmente em Natal e Mossoró, onde a maior parte dos policiais militares, civis e bombeiros estão em greve.
 
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Seded) do RN informou, por meio da assessoria, que uma decisão judicial obriga os agentes de segurança a voltarem ao trabalho sob pena de prisão. A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS-PM RN) e o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública (Sinpol/RN)  realizam assembleias nesta terça para definir a suspensão ou continuidade da greve.
 
De acordo com a Defesa Social, até o último dia 31, 13 dias após o início da greve, 97 mortes violentas foram registrados no RN. 
 

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