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Identificação das flores do Campus do Pici é tema de pesquisa

Laboratório catalogou 164 espécies, sendo uma delas encontrada pela primeira vez na UFC
10:51 | Out. 13, 2017
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Seguindo o ideal de que é preciso conhecer para conservar, pesquisadores do curso de Biologia da UFC decidiram mapear as flores existentes dentro do Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra. Até agora, o projeto tem 164 espécies fotografadas e identificadas. A pesquisa foi publicada no site do Museu Field de História Natural, situado em Chicago (EUA). “Podemos promover um convívio maior com a natureza, tanto entre pesquisadores da área quanto entre leigos”, afirma a professora orientadora do projeto Flora do Ceará, Maria Iracema Loiola.

A pesquisa durou sete meses e envolveu alunos do doutorado e da graduação do Laboratório de Sistemática e Ecologia Vegetal (Lasev), percorrendo a extensão do Campus, fotografando as espécies que estavam florescendo. O levantamento não é de 100% das flores ainda, pois algumas plantas só florescem em certas épocas do ano que o projeto ainda não cobriu. A área de mata mais densa do Pici também ainda não foi observada, mas os pesquisadores pretendem que essa esteja na próxima fase da pesquisa.

 

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Segundo Maria Iracema, o projeto deve seguir com a elaboração de um guia que apresentará a localização das flores, para o que podem ser utilizadas, as formas de cultivo e replantio, entre outras características. “Esse catálogo pode servir para que as pessoas façam turismo no Campus, identificando as plantas e percebendo a importância delas para a flora”, afirma a pesquisadora, dizendo ainda que o estudo se estende por outras cidades, como Pentecoste e Ubajara. O objetivo é completar o mapeamento da flora do Estado inteiro.

SURPRESAS NO CAMINHO

 

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Em um passeio pela universidade, o pesquisador Ricardo Moura, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encontrou uma espécie nova da família das solanáceas, a mesma da batata e do tomate. A descoberta rendeu uma publicação na revista Phytotaxa da Nova Zelândia. A planta, batizada de solanum fernandesii em homenagem ao professor aposentado da UFC e botânico Afrânio Fernandes, também está inclusa na catalogação do projeto Flora do Ceará. A espécie foi encontrada em Alagoas e Bahia, depois de ser estudada na UFC.

PRESERVAÇÃO


A professora Maria Iracema quer também que os alunos da graduação se interessem pela pesquisa em taxonomia, área que estuda a catalogação de espécies. Ela diz que essa prática de “conhecer a própria flora” pode ajudar na preservação da natureza, pois amplia o conhecimento de como fazer replantio, como ornamentar espaços com plantas e como aumentar a arborização da cidade. “O objetivo é sempre cuidar de nossas espécies.”

 

 

 

Redação O POVO Online

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