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Empresa americana é denunciada por golpe em dezenas de pessoas no Ceará

A Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) já registrou mais de 50 Boletins de Ocorrência sobre o caso
12:30 | Set. 29, 2017
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Tipo Notícia

Uma suposta empresa americana foi denunciada por golpe em dezenas de pessoas em Fortaleza e no interior do Estado. De acordo com o delegado Jaime de Paula Pessoa Linhares, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), a unidade já registrou mais de 50 Boletins de Ocorrência (B.Os) sobre o caso.

Conforme Jaime de Paula, as denúncias começaram há cerca de 20 dias. As pessoas contaram que foram lesadas por uma empresa chamada iMouvin. Para atrair as vítimas, os representantes da empresa faziam palestras em auditórios em Fortaleza, Maracanaú e Russas, prometendo um investimento com altíssimo retorno financeiro.

Para participar, as pessoas deveriam pagar mil dólares, que seriam R$ 3.180 quando convertidos atualmente, para abrir uma conta. Os representantes da empresa falavam para as vítimas que em seis meses os investidores teriam 100% de retorno do valor e poderiam sacar as quantias em dinheiro ou através de uma moeda virtual chamada bitcoin. Porém, passaram a dificultar os saques, até informarem que estavam encerrando as atividades.

Segundo o titular da DDF, a investigação, que está em anamento, aponto para uma espécie de pirâmide financeira. Foi aberto um inquérito por estelionato, mas os responsáveis pelos golpes podem responder também por lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

 

Em entrevista à Agência Brasil, na semana passada, o procurador do  Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Paulo Roberto Binicheski, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon), explicou que o crime de pirâmide financeira indica "necessidade de trazer outras pessoas para obter lucro". “Na pirâmide financeira não existe a venda de um produto real que sustente o negócio, ou seja, a comercialização de produtos ou serviços tem pouca importância para a sua manutenção", disse.

O procurador esclarece que toda pirâmide no início dá um pouco de rentabilidade para alguns, deixando-os esperançosos a ponto de reinvestir o que acabaram de ganhar.  

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Redação O POVO Online

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