Três cearenses representam o Brasil em Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica
A IOAA 2017 ocorre em novembro deste ano, em Phuket, na Tailândia
[FOTO1]Dentre os cinco estudantes brasileiros que irão representar o País na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA 2017), três são brasileiros. Os selecionados são Nathan Luiz Bezerra, aluno do colégio Ari de Sá, Pedro Pompeu, do colégio 7 de Setembro, e Vinicius Azevedo dos Santos, do Antares. O evento ocorre de 12 a 21 de novembro deste ano, em Phuket, na Tailândia.
Para o professor Demerval Carneiro, diretor do Planetário Rubens de Azevedo, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, esse resultado é fruto de muito trabalho. "Faz parte de um trabalho de pessoas que foram se preparando há anos, e dos projetos que foram se desenvolvendo nesse período", destaca Dermeval, que também coordena a área de Astronomia da Seara da Ciência da Universidade Federal do Ceará (UFC).
"Quantos mais espaços para o aprimoramento dos estudantes, melhor. Enquanto diretor, disponibilizo o Planetário para eles treinarem", afirma. "Além do observatório astronômico da Seara da Ciência, na UFC, que também é um espaço fundamental de aprendizado".
Os estudantes, todos do 3º ano do Ensino Médio, foram destaques na XIX Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Eles se classificaram entre mais de 744 mil inscritos, de mais de 7 mil escolas do País, em 2016. Os outros dois classificados são João Vitor Guerreiro Dias, de São Paulo, e Bruno Gorresen Mello, do Pará. Os estudantes precisam arcar com os custos da viagem.
Vinicius Azevedo, de 17 anos, afirma que estuda Astronomia há, pelo menos, dois anos. "O treinamento ficou mais intenso neste ano. Passamos a estudar não só no colégio e em casa, mas também na UFC", conta. "Fico muito feliz porque a gente treinava sem equipamentos, mas os estudos se intensificaram neste ano com a Seara da Ciência. Isso mudou a nossa visão teórica para a prática".
O coordenador do departamento de olimpíadas do Colégio Antares, Carlos Eurico, destaca a importância da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) como ponta-pé inicial. "Os estudantes fizeram treinamento para a OBA desde o Ensino Fundamental. Esse trabalho só cresceu com o passar dos anos", afirma. "E o estudante cearense coloca paixão em tudo que faz".
Rose Lopes, coordenadora de Olimpíadas do Colégio 7 de Setembro, lembra que o Ceará é forte nas Olimpíadas do País. "Neste ano, temos uma espécie de retomada da Astronomia para o nosso Estado. Dos 20 seminfinalistas, 11 eram cearenses", celebra. "Cada vez mais as escolas estão investindo nas Olimpíadas porque influencia na visão de mundo desses meninos. Eles têm contato com estudantes de outros países e outras culturas, ainda na Educação Básica. E isso não tem dinheiro que pague".
