Movimentos sociais cobram políticas estaduais para a juventude no Palácio da Abolição
Ato integra II Jornada de luta pela Reforma Agrária, na qual são reivindicadas políticas públicas. Mais cedo, juventude dos movimentos fez ato chamado "escracho" na casa do senador Eunício
[FOTO1]Movimentos sociais protestam, na manhã desta quinta-feira, 27, reivindicando projetos voltados para a juventude, em frente ao Palácio da Abolição, sede do governo estadual, na avenida Barão de Studart. O ato é organizado pelo Levante Popular, Juventude Sem Terra (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra ) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Alguns dos manifestantes participaram do chamado “escracho” em frente ao apartamento onde o senador Eunício Oliveira mora.
As manifestações integram da II Jornada de Luta pela Reforma Agrária, realizada com o objetivo de denunciar políticos que apoiaram o impeachment, bem como cobrar políticas públicas. "A juventude também está na luta em defesa dos direitos e denunciando o Golpe sofrido pela classe trabalhadora", diz a convocação do MST.
Os principais pontos exigidos são projetos produtivos e culturais, equipamentos esportivos, escolas no campo, implantação de cursos nas áreas de assentamento e infraestrutura para as comunidades. As ruas de acesso à avenida Abolição foram fechadas por viaturas do Batalhão de Choque (BPChoque).
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AssineSegundo a coordenadora do Levante Popular da Juventude, Tamyres Lima, 27, em todo o Brasil jovens organizados devem fazer atos em casas de políticos. O objetivo deverá ser denunciar políticos que apoiam as reformas, como a trabalhista e a previdenciária, além da PEC 55. "O Eunício atua no sentido de articular isso, garantindo votos para aprovação de reformas que só atendem ao interesse de pessoas como ele: muito ricas, com muitas terras e empresas", frisa.
A manifestação em frente ao apartamento onde o senador mora durou aproximadamente de trinta minutos, com mobilização e gritos de ordem. A organização informou que cerca de 200 pessoas participaram desse ato, que dispersou com uma parte do grupo seguindo até a avenida Abolição. O chão do condomínio foi pichado com a frase: 'inimigos do povo. Eunício golpista'.
Uma comissão já entrou no Palácio, e a previsão dos movimentos sociais é que o protesto seja encerrado ao meio-dia. No ato em frente à sede do governo estadual, a organização estima cerca de 400 manifestantes.
O MST realiza, desde segunda-feira, 24, o XIV Encontro da Juventude Sem Terra do Ceará, na Universidade Federal do Ceará (UFC), com debates sobre política e atividades culturais.
Redação O POVO Online
Com informações da repórter Germana Pinheiro