Participamos do

Mortes por chikungunya mais que dobram em Fortaleza, segundo boletim

Capital cearense passa de cinco para 11 mortes confirmadas em uma semana. São 14 óbitos em todo o Estado
17:21 | Mai. 26, 2017
Autor Lucas Mota
Foto do autor
Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

[FOTO1] 

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirmou seis novas mortes por chikungunya em Fortaleza, nesta sexta-feira, 26. O número de óbitos mais que dobrou em uma semana com as confirmações, passando de cinco para 11. Com a atualização da pasta, o Ceará chega a 14 mortes por causa da doença até o momento em 2017.

[SAIBAMAIS]

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine


Fortaleza tem ainda 50 casos de óbito em investigação, segundo o boletim da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que possui dados mais detalhados sobre a Capital. Chama atenção a alta proporção de mortes na faixa etária maior de 70 anos, que soma 35 casos.

De acordo com o boletim da Sesa, foram confirmados 13.428 casos de chikungunya em Fortaleza. Os números registrados de janeiro a maio de 2017 representam um aumento de 95,9% em relação ao total de confirmados no mesmo período de 2016, segundo aponta os dados da SMS. A Regional III possui o maior número de casos confirmados, com 2.993, seguida pelas Regionais IV e V, com 2.674 e 2.248 respectivamente.

O Montese é o bairro com o maior número de casos confirmados da doença, com 553 confirmações. A sequência das regiões com mais casos confirmados é a seguinte: Joaquim Távora (520), da Regional II; Mondubim (466), da Regional V; Serrinha (396), da Regional IV; e Antônio Bezerra (368), da Regional III. O bairro Lourdes, da Regional II, é o único a não ter registro da doença.

Cenário no Ceará

As outras três mortes por chikungunya no Estado ocorreram nos municípios de Beberibe, Caucaia e Pacajus. Conforme os dados da Sesa, dos 14 óbitos registrados no Ceará, seis vítimas são do sexo masculino, enquanto oito são do sexo feminino, com idades entre dez dias e 89 anos.


O Ceará já tem 20.515 casos confirmados de chikungunya, registrando um aumento de 27% em uma semana. Permanecem em investigação no Estado 30.670 casos. A taxa de incidência dos casos suspeitos de chikungunya no Estado é de 624,4 casos por 100 mil habitantes.

 

Dos casos confirmados 13.721 (66,9%), concentram-se nas faixas etárias entre 20 e 59 anos, sendo o sexo feminino predominante em todas as faixas etárias à exceção das idades até 14 anos.

Dengue e zika no Ceará

Os casos confirmados de dengue no Estado chegam a 9.047. A doença matou três pessoas nos meses de janeiro, fevereiro e abril, nos municípios de Fortaleza, Maracanaú e Tabuleiro do Norte, sendo dois do sexo masculino e uma do sexo feminino. Apresentam incidência de casos confirmados acima de 300 por 100 mil habitantes os seguintes municípios: Alto Santo, Brejo Santo, Farias Brito, Iracema, Tabuleiro do Norte e Jaguaribara.


Os casos confirmados de dengue estão distribuídos em todas as faixas etárias, mostrando uma concentração de 65,8% dos casos nas idades entre 15 e 49 anos, e o sexo feminino correspondendo a 55,1% dos casos.


Conforme o boletim, foram notificados 1.494 casos suspeitos de zika, sendo confirmados 144 casos. Do total de casos notificados, 533 foram em gestantes, sendo 17 confirmadas. Quanto ao período gestacional na fase aguda da doença, oito das gestantes confirmadas estavam no segundo trimestre de gestação, quatro no terceiro e cinco no primeiro trimestre. Os municípios do Estado que confirmaram casos em gestantes foram: Brejo Santo, Caucaia, Icó, Independência, Fortaleza, Maracanaú e Uruoca.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente