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"Devemos fortalecer o hospital veterinário da Uece", diz diretor após proposta de Célio Studart

Para o diretor geral da unidade, professor Dárcio Teixeira, seria mais interessante, no momento, a intensificação de recursos para a estrutura existente na Universidade do que investir em um novo centro
18:12 | Jan. 04, 2017
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

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Atualizada às 22h06min

Inaugurado em outubro de 2016, o hospital veterinário da Universidade Estadual do Ceará (Uece), o primeiro do Estado, enfrenta dificuldades para se manter com recursos públicos. A unidade hospitalar não possui verba específica para o seu custeio. De autoria do vereador Célio Studart (SD), um Projeto de Lei tramita na Câmara Municipal com a proposta de construção de um novo hospital público veterinário.

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O diretor geral do hospital veterinário da Uece, professor Dárcio Teixeira, acredita que, no momento para o Ceará, seria mais interessante a intensificação de recursos para a recente estrutura da Universidade do que investir em uma nova unidade no mesmo setor. "A gente deve fortalecer o da Uece. Está precisando muito de recurso para funcionar em plenitude. Vai gastar (a proposta de construção de um novo hospital veterinário) com infraestrutura, e já temos pronta. Ainda terá que manter o hospital que possui um custo alto. O recurso para construir um novo poderia ser revestido para o custeio do hospital existente", afirmou o docente ao O POVO Online.


A unidade da Uece realiza, em média, 82 atendimentos, principalmente cães, gatos e animais silvestres. O diretor geral do hospital explica que é cobrada uma "pequena taxa" pelo atendimento para cobrir o "mínimo possível". O centro conta, atualmente, com 12 veterinários contratados de forma terceirizada por meio da Uece. O número de profissionais poderia ser maior se não fosse os cortes públicos, que provocou a saída de três profissionais da equipe.


"Esses recursos provenientes da Prefeitura seria bem vindos. Inclusive, já temos parcerias com uma ONG, que fornece material e o hospital faz a castração de animais; com a Infraero, que faz a captura e leva para o hospital, fornecendo a medicação", disse Dárcio.


A estimativa ideal para manter o hospital da Uece, segundo o diretor, seria R$ 100 mil. Entre os desafios da unidade, estão a abertura de uma nova sala cirúrgica e verba específica para o centro veterinário. "Estamos trabalhando fortemente para isso. Temos a estrutura e estamos adquirindo equipamentos. Já fizemos grandes melhorias na informatização do sistema do hospital. O desafio de conseguir verba para o custeio constante e diminuir o preço que se cobra para os clientes", comentou.


Vereador Célio Studart

O POVO Online conversou com Célio Studart na noite desta terça, após entrevistar o diretor geral do hospital veterinário da Uece. O vereador afirma que o professor Dárcio Texeira está "correto" em defender mais recursos para o centro veterinário, mas frisa que a unidade não é pública e não entra nas competências municipais.

"O hospital da Uece tem uma boa estrutura, mas está funcionando aquém do desejado, é uma questão para o Governo. Não entra na nossa competência de legislar para o Município. Se falta recurso (para hospital veterinário da Uece), demonstra que há grande gama de pessoas precisando de serviços", argumentou Célio ao O POVO Online.

Mais cedo, o vereador havia sido entrevistado pelo Blog de Política do O POVO e falou sobre o Projeto de Lei de sua autoria. Célio embasa a proposta dando exemplos dos municípios de São Paulo, que, segundo ele, tem dois hospitais veterinários, e de Recife, que já construiu, mas ainda não inaugurou o equipamento. De acordo com Célio, a proposta surge da necessidade de “não só cuidar do homem, mas dos animais e do meio ambiente”.


De acordo com texto da matéria, o atendimento no hospital “deve contemplar cidadãos com renda familiar máxima referente a quatro salários mínimos ou cadastrados em programas sociais”.


Ainda não há um estudo de qual seria o impacto financeiro da proposta, segundo Célio. Ele estima, porém, que se o hospital daqui seguisse os moldes dos de São Paulo, que atendem até nove especialidades médico-veterinárias, ele chegaria a 0,01% do Orçamento de Fortaleza, que este ano é de R$ 7, 5 bilhões.

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